Filme sobre Bob Marley faz sucesso e atrai público de diferentes idades em Feira de Santana

O filme “Bob Marley: One Love” está em cartaz em Feira de Santana e tem lotado as salas de cinema da cidade. Repleto de músicas, o longa-metragem conta a história do cantor e compositor jamaicano, considerado o rei do reggae. O lançamento ocorreu no dia 15 de fevereiro em todo o país e está atraindo muitos jovens e admiradores do artista.

A estudante Gisele Ataíde, de 16 anos e o auxiliar de capotaria Ruan Batista, de 17 anos contaram na saída do cinema como foi a sessão. “O filme é maravilhoso, o enredo está nota 10, os personagens são ótimos”, disse a estudante. “Eu gostei bastante, mostra as lutas que ele passou, a superação, podem vir assistir, será um dinheiro bem gasto” comentou Ruan.

Bob Marley pertencia ao movimento Rastafári, religião judaico-cristã afrocêntrica fundada na Jamaica nos anos de 1930. Com músicas que tratam principalmente de temas políticos, sociais e espirituais, o cantor foi responsável por popularizar o reggae internacionalmente.

O aposentado Genilson Nascimento, 39 anos, contou qual a relação dele com as músicas do artista. “Eu sempre gostei de reggae desde criança, fui escutando, gostando e gosto até hoje. As músicas dele refletem muito a situação daquela época, ele lutava pela paz”, disse Genilson enquanto aguardava para comprar o ingresso.

O sentimento de admiração pelas músicas é compartilhado também pelo estudante de Geografia, Thiago Siqueira de 20 anos. “Eu adoro reggae, foram as canções de Bob Marley que me trouxeram para o mundo da música. Eu até toco violão inspirado nele. Three little birds foi a primeira música que ouvi e é a que mais se conecta comigo”, destacou Thiago referindo-se a Bob Marley como um ídolo.

O filme retrata as atitudes do artista dentro e fora dos palcos. Seja pelas canções, estilo ou mensagens, o cantor é reconhecido como um símbolo de resistência negra, combate às injustiças sociais e ao racismo. A confeiteira Naiara Lemos, de 41 anos, confessou que não é fã de reggae, mas iria assistir ao filme só por conta da conduta antirracista do músico.

“Eu espero que, pela questão histórica, o filme tenha uma repercussão muito interessante, principalmente porque eu valorizo e tenho muita atenção a esta questão do racismo, do posicionamento e da cultura. Espero ser surpreendida para além da história que a gente já conhece. Convido a todos que não assistiram a fazer como eu. Estou torcendo para ter um bom desfecho e ser bem interessante”, disse Naiara.