Neste domingo (24), é celebrado o Domingo de Ramos, momento em que se relembra a entrada de Jesus em Jerusalém, antes do período de sua crucificação. Por toda a cidade de Feira de Santana, missas foram celebradas, trazendo fé, alegria e bênçãos para os fiéis. Este ano não teve a realização da tradicional Missa Campal com a participação de diversas paróquias, mas o Acorda Cidade esteve na Praça da Matriz, na Catedral de Sant’Anna para acompanhar a celebração presidida por Dom Zanoni Castro.
O movimento foi grande que os fiéis tiveram que assistir a celebração do lado de fora.
Jennifer Cleire dos Santos Salazar está de passagem por Feira, mas não deixou de ir à igreja neste domingo. A assistente de financeiro chegou ontem de Várzea Grande, cidade da região metropolitana de Cuiabá, no Mato Grosso. Ao Acorda Cidade, ela falou sobre o significado de participar deste Domingo de Ramos.
“É tomar posse de toda a graça que ele tem para nós, da nossa vida, do dia a dia. É confiar na presença do Senhor. A Semana Santa é a Semana Maior, que inicia no amanhã. É o significado do amor que nós temos por Jesus. A fidelidade que nós temos por Ele, o silêncio fala tudo, essa quaresma, é confiar, é acreditar Nele. É ter fé ainda maior do que nós já temos nessa semana. É a Semana do Silêncio”, afirmou.
O arcebispo metropolitano falou sobre a mensagem da igreja neste dia especial que dá início às celebrações da Semana Santa para os cristãos católicos. Muitos fiéis compareceram com os seus ramos para serem abençoados.
“Somos chamados a seguir os passos daquele que passou a vida fazendo o bem, aclamado como o Messias. Seu missionismo é do serviço, da preocupação com as pessoas, da salvação de cada homem e de cada mulher. Mas sua mensagem não foi aceita, ele foi condenado à morte. Mas aquilo que era escândalo se torna para nós salvação. Por isso que o sentido é a vida humana cuidada, zelada, protegida”, disse Dom Zanoni.
Relembrando o momento que consta nas escrituras da Bíblia, em que Jesus entra em Jerusalém em um jumento e é saudado pelas pessoas, por conta das ações que ela já vinha realizando sobre a terra, Dom Zanoni pontuou a importância de todas as pessoas, fiéis ou não, tomarem os ensinamentos de Jesus como exemplo.
“Jesus não entra com um cavalo, sinal do poder romano do Exército, mas na simplicidade de um jumento. É o caminho escolhido por ele, não da riqueza, do poder, da ganância, mas, sobretudo, do serviço. Este é o ensinamento de Jesus. E nós queremos seguir Jesus, sobretudo nos comprometendo com os mais pobres, cuidando, estando do lado da vida, da justiça e da fraternidade”.
O Domingo de Ramos abre a Semana Santa, rumo ao encerramento da Quaresma. Ainda mais neste período, é um momento de refletir, de oração e de renúncia, de entrar em comunhão com as pessoas para agradecer pela vida que foi dada pelo salvador, explica o arcebispo.
“A espiritualidade cristã não se reduz ao rito, não se fecha à verdade, mas é, sobretudo, a preocupação com as pessoas. Em Feira de Santana, o cuidado com os moradores de rua, com os migrantes, a preocupação com os pobres, a ajuda, a articulação, sobretudo com aqueles que produzem. Diante dessa sociedade polarizada, não há outro caminho. É o caminho da reconciliação, é o sonho de um Brasil onde as pessoas, os pobres, onde prevaleça a justiça, diminua a desigualdade. É um projeto de um país mais preocupado com o povo”.
Além disso, Dom Zanoni explicou sobre a ausência da Missa Campal, que este ano foi pensando em levar a palavra de Deus para mais lugares.
“Porque a gente percebe que a igreja precisa estar mais presente, mais espalhada por essa grande cidade que é a Feira de Santana. São centenas de comunidades. Então, nós precisamos estar mais próximos, mais juntos das pessoas”, explicou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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