Laiane Cruz
Centenas de fiéis participaram na tarde desta sexta-feira (15) da celebração da Paixão de Cristo, na Catedral Metropolitana de Senhora S’antana (Igreja Matriz), em Feira de Santana, e da procissão do Senhor Morto e o Canto da Verônica, pelas ruas do centro da cidade, que buscam retratar os últimos passos de Jesus até a morte de cruz.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
A convidada para participar da procissão este ano representando a Verônica foi a professora Marliete Pereira Silva Siqueira, de 40 anos, que ficou muito emocionada com a oportunidade.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“É a primeira vez que participo desta programação representando Verônica. Não tenho palavras para descrever a importância e a emoção de fazer com todas as pessoas possam experimentar essa dor e essa paixão em seus corações. Eu não esperava esse convite, mas me chamaram e perguntaram se poderia ser eu. Respondi: ‘Eis-me aqui Senhor’. A Verônica entoa o canto da dor durante a procissão, que tem sete paradas”, relatou a professora, em entrevista ao Acorda Cidade.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Para a fiel Elizabeth Vasconcelos Costa, o celebração pela Paixão de Cristo é um momento de grande reflexão e faz parte da caminhada cristã.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Desde que fui batizada e iniciei essa caminhada cristã, que eu vivencio esse momento de meditar a Paixão, Morte e Ressurreição, mas de forma mais atuante há 35 anos estou aqui servindo a Deus durante este período e a igreja como um todo. É uma data de muita reflexão, em que a gente mergulha no mistério da Paixão do Senhor Jesus, sofredor, que vai à cruz e é obediente ao Pai, até a morte de cruz, mas que nos deu o grande presente da sua ressurreição para continuarmos caminhando com Ele”, afirmou.
Segundo Elizabeth Costa, também a Paixão de Cristo também é um período de renúncia, porque durante toda a Quaresma, os fiéis se colocam em jejum e oração, para vivência da caridade. “A renúncia é mais do que importante. Renunciar o egoísmo, o orgulho, a prepotência, tantas coisas que não nos levam a Deus e ao amor ao próximo.”
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Conforme o arcebispo metropolitano de Feira de Santana, Dom Zanone Castro, a igreja celebra a Semana Santa, relembrando os passos de Jesus desde a sua entrada em Jerusalém até a cruz do calvário e ressurreição.
“Esse momento simboliza os últimos passos Dele, que foi condenado injustamente à morte de cruz. Que o Senhor nos conceda a graça neste dia, de trazer todo o sofrimento de todas as pessoas, nessa confiança que aquilo era escândalo para os judeus e loucura para os gregos se tornou vida e salvação. Jesus carregou a cruz, que simbolizou toda a dor e sofrimento da humanidade. Ele de uma vez por todas reparou os nossos pecados. O dia da morte de Cristo é o dia em que a igreja não celebra o sacramento e nem a missa. Celebra a Paixão de Jesus.”
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Ainda de acordo com Dom Zanone, o canto da Verônica representa aquela que enxuga o rosto de Jesus e é uma tradição.
“Nós fomos chamados hoje a reinterpretar a morte de Jesus, não como aceitação do mal e da violência, mas como causa da libertação de todas as pessoas e povos. O canto de Verônica faz parte da tradição popular. Verônica significa verdadeira face e representa todas as mulheres que ficaram ao lado de Jesus. Que neste tempo de desafios, o Senhor nos conceda a graça de acreditar em um novo tempo, um novo sol e uma nova terra.”
Fotos: Ed Santos/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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