Laiane Cruz
Na manhã deste domingo (6) centenas de pessoas compareceram ao canteiro central da Avenida Getúlio Vargas, em Feira de Santana, para participarem da mobilização promovida pela prefeitura em um ato pela paz no município e contra o alto índice de assassinatos registrados desde o início do ano na cidade, entre eles mulheres e crianças.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
O ato também relembrou o início da pandemia na Bahia, pois nesta data foi registrado o primeiro caso de covid-19 no estado, de uma paciente infectada em Feira de Santana. Na oportunidade, também foram ofertadas vacinas contra a doença e a testagem em massa para os participantes.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins destacou o alto número de infectados pela covid no município, e a quantidade de mortes provocadas pela doença. Mas, reforçou a queda nos números de internamentos e óbitos com o avanço da vacinação.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
“Hoje marca o segundo ano da pandemia em nossa cidade. O primeiro caso aconteceu há 2 anos e 1.161 pessoas faleceram. Porém, mais de 100 mil feirenses tiveram a covid e graças a Deus sobreviveram, principalmente após a vacina. Foi o maior número de mortes em Feira de Santana em dois séculos. E também hoje a campanha ‘Feira pede Paz acontece em razão dos assassinatos da Jéssica, de 11 anos, da sua mãe de 28 anos, e mais de 8 mulheres que foram mortas em Feira até agora, três adolescentes e aquela criança de 2 anos e cinco meses”, afirmou.
Ainda conforme Colbert Martins, é preciso que as pessoas vítimas de homicídios não virem apenas números.
“Para que essas não virem número, apenas estatística, temos que nos indignar. Feira teve um período em que buscou a paz e houve uma redução da violência. Portanto, o que nós queremos hoje é combater essa praga que é a violência. Estamos nas feiras livres, nos distritos, fazendo esse mesmo tipo de trabalho. É importante que busquemos isso em toda a cidade”, afirmou o prefeito”, completou.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
O secretário de saúde, Marcelo Brito, convocado para depor nesta segunda-feira (6) durante a CPI da Saúde na Câmara Municipal, salientou que o objetivo do ato foi de celebrar a vida e pregar, acima de tudo, a tolerância na sociedade.
“Estamos fazendo aqui uma manifestação pela paz e hoje completamos dois anos da primeira manifestação da covid-19 na Bahia, que foi em Feira de Santana. Mas aqui estamos celebrando a vida, com paz, e temos que aprender a ser tolerantes em relação à sociedade. Estamos fazendo também a vacinação com a primeira, segunda, terceira dose, de adultos, idosos, crianças e adolescentes, estamos fazendo testagens, tudo isso para conscientizar a população que a violência não resolve nada. Estamos assistindo à guerra nos Balcãs e isso é um absurdo, porque não tem justificativa, vemos pessoas sofrendo e crianças sendo mortas, não há justificativa para isso, mas vamos celebrar a paz”, ressaltou.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia