Feirenses buscam apoio para produzir segundo filme da heroína Maria Quitéria

^{Gabriel Gonçalves}

No ano passado, a história da heroína Maria Quitéria ganhou as redes sociais com a produção do curta-metragem 'Maria Quitéria Honra e Glória', produzido por dois feirenses: os produtores Antônio Silva e Michel Nery.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Com duração de 13 minutos, toda a produção levou cerca de 10 meses até que toda a arte fosse concluída. Em entrevista ao Acorda Cidade, Antônio Silva explicou por que um projeto como este leva tanto tempo para finalizar.

"Cada segundo de animação é em média de 12 a 24 desenhos e todos esses desenhos precisam ser criados, então imagine que se cada segundo é necessário que se tenha esse número de desenhos, quantos desenhos terão dentro de 13 minutos? Primeiro a gente faz todo um roteiro, com as ideias que vão surgindo, levamos para o estúdio de animação para que possamos jogar no computador e criar a parte digital, onde fazemos os desenhos animados. É algo como se fosse uma história em quadrinhos e, a partir daí, são gerados os movimentos, são aplicados os sons e os efeitos", explicou.

De acordo com Antônio, alguns programas que são utilizados na confecção desse material possuem um custo alto e, por esse motivo, os jovens criadores do filme Maria Quitéria contam com o apoio de patrocínios.

"Alguns programas que a gente utiliza aqui chegam a custar até R$ 3 mil, e como muitos são criados no exterior, o custo é em dólar, e a gente sabe que quanto mais caro o dólar, mais caro ficam estes programas. Em nosso primeiro filme produzido, boa parte do lançamento foi feito com recursos próprios e outra parte a gente conseguiu ajuda de algumas empresas, através também de uma lei que é de incentivo da prefeitura que se chama pró – cultura. Quem gosta dessa área sabe que é um trabalho de formiguinha, mas que no final todo o resultado se torna grandioso", destacou.

Foto: Reprodução/Filme
 

A iniciativa de criar um filme sobre Maria Quitéria surgiu após Antônio participar da criação de uma revista chamada 'Maria Quitéria, a Injustiçada'.

"Esse foi o nosso primeiro contato com a heroína, junto com o autor Eduardo Kruschewsky, e após isso, fomos buscar mais fontes para nortear o nosso trabalho e entender o que fez uma mulher que nasceu há mais de 200 anos ir para a guerra. Com o resultado desse nosso primeiro filme, nós fomos premiados em vários festivais, dois deles, de forma internacional e estamos tendo uma ótima receptividade do público e esperamos que as pessoas continuem prestigiando cada vez mais o nosso trabalho"

Neste ano, os meninos decidiram retomar com o projeto, realizando a segunda edição, desta vez, mostrando o desdobramento da primeira parte do filme. Mas para que isso possa acontecer, os jovens produtores precisam fazer um investimento considerado alto, e por este motivo, criaram uma campanha para arrecadar fundos monetários.