Os feirantes da Praça do Tomba cobram do governo municipal a tão prometida reforma do espaço, a fim de melhorar as condições do local e dar maior comodidade aos vendedores e clientes.
A tradicional Feira do Tomba, como é conhecida, está desorganizada, com bancas e lonas desgastadas. Além de estar sem cobertura, por isso, de acordo com vendedores de frutas e verduras ouvidos pelo Acorda Cidade, quando chove no local, alaga tudo.
O esforço dos feirantes
Segundo a feirante Dora de Jesus, ela gosta de trabalhar na Feira do Tomba e busca fazer de tudo para manter a clientela, dando a eles diversas opções de pagamento e bons produtos, mas a desorganização do local atrapalha as vendas.
“Recebo PIX, cartão, tudo. O cliente não pode sair sem levar sua verdura, sua mercadoria, que está nova. Temos abacaxi, melão, uva, banana. Mas organizada a feira não está não, está uma bagunça, está triste. A cobertura está muito feia, desorganizada, está muito feio aqui. Quando chove, molha tudo, é um Deus nos acuda, e a gente joga plástico por cima da mercadoria. O movimento aqui só é maior no domingo e tem a xepa também, que fica tudo mais barato”, relatou.
A vendedora de frutas Rita de Cássia trabalha desde os 8 anos de idade na feira da praça do Tomba. Hoje ela está com 59 anos e disse que a situação do local piorou ao longo dos anos.
“Trabalho aqui desde os meus 8 anos, hoje estou com 59 anos. De lá para cá a situação aqui piorou, e as vendas caíram bastante. Com esse negócio da pandemia, abaixou muito as vendas, e tem dias que vende, mas tem dias que não vende. Essa semana mesmo quebrei a cara, de muita mercadoria que perdeu. Perdi dinheiro”, lamentou.
Ela cobrou ainda o cumprimento das promessas de reforma feitas pelo poder público.
“Aqui a organização está péssima, estamos precisando de uma cobertura. Anunciaram, mas até hoje não saiu. Dizendo eles que é depois de fevereiro. Quando chove molha tudo. Lonas velhas, barracas praticamente destruídas, precisando de organização”, contou.
Falta de atrativos
A feirante Vera Lúcia da Silva Conceição é vendedora de frutas e chega todos os dias na feirinha por volta das 5h, ficando até às 17h. Segundo ela, somente os moradores da área estão se dirigindo à feira para comprar, pois não atrai mais gente de fora.
“A feira aqui caiu. A semana toda funciona. No meio da semana chego 5h ou 5h30, e saio 17h. O pessoal que vem comprar é o que mora aqui no Tomba, de fora não vem ninguém mais. Está uma bagunça, precisa cobrir, que está feio. Eles dizem que vão cobrir, mas é hoje, amanhã e não é nunca. Mas continuo aqui até o dia que Deus quiser”, disse.
Para a vendedora de verduras Marlene da Silva as vendas também estão devagar.
“Já trabalho aqui há muitos anos e moro aqui. Está precisando organizar a feira toda, para ficar melhor. A gente nasceu aqui no Tomba. Essa semana mesmo vendemos 15 reais a pulso, porque está devagar. A feira já foi melhor, minha mãe me criou aqui e criei meus filhos aqui. No sábado e domingo é que vende mais”, contou.
O Acorda Cidade vai entrar em contato com a Secretaria de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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