Feira de Santana

Feirantes da Marechal Deodoro relatam falta de espaço para colocar bancas em calçadas: "Vamos trabalhar na rua"

Segundo eles, as bancas já estão nas extremidades do meio-fio.

Feirantes da Marechal Deodoro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A reportagem do Acorda Cidade flagrou na manhã desta terça-feira (12), um desentendimento entre feirantes, que trabalham na Rua Marechal Deodoro, e agentes que prestam serviço para a Secretaria de Prevenção à Violência de Feira de Santana.

Feirantes da Marechal Deodoro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo os feirantes, foi determinado que todas as bancas fiquem nas extremidades do meio-fio, deixando um amplo espaço para que os pedestres possam trafegar pelo passeio, mas na manhã desta terça, os agentes pediram para que as bancas fossem mais recuadas.

Feirantes da Marechal Deodoro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ao Acorda Cidade, Edneide Ribeiro, presidente da Associação dos Feirantes da Rua Marechal Deodoro, citou que uma colega quase foi atropelada recentemente, pelo fato da banca ficar na ponta do passeio.

Feirantes da Marechal Deodoro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Nós já conversamos com o major Moacir, ele pediu que a gente recuasse as bancas e organizasse, e como observamos aqui, está tudo organizado, recuado, já estamos na ponta do meio-fio, próximo onde os carros, motos, caminhões passam. Ou seja, eles querem que a gente desça mais ainda e não tem condições. Tem uma colega ali na frente por exemplo, que ela quase foi atropelada pelo fluxo de caminhão que passa por aqui, nossas barracas já estão praticamente na rua”, afirmou.

Feirantes da Marechal Deodoro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Melinda Santos Jesus, também é feirante e trabalha na Rua Marechal Deodoro há cerca de 12 anos. Ela contou à reportagem do Acorda Cidade, que além das determinações, existem ameaças por parte dos agentes.

Feirantes da Marechal Deodoro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A gente não aguenta mais essa perseguição, a gente quer organização, mas perseguição não. Precisamos trabalhar e levar o nosso sustento para casa, não queremos ficar recebendo ameaças do rapa. Todos os dias eles pedem para encostar mais e mais, mas dessa forma, a gente vai parar na rua? Vai ser acidentado pelos carros? Nós tivemos uma reunião com o secretário, eu tirei fotos e ficou combinado que seriam três metros de recuo. Nós queremos respeito, mas eles vêm com truculência”, declarou.

O secretário de Prevenção à Violência, Moacir Lima esteve presente conversando com os feirantes.

Ao Acorda Cidade, ele informou que este foi um acordo feito com os próprios trabalhadores, por conta do grande fluxo de transeuntes neste período do Natal.

“A princípio, nós iríamos colocar estas pessoas ali na pista, mas houve uma ponderação deles, que poderíamos organizar aqui no alinhamento do passeio, deixando um espaço de quatro metros de distância da porta da loja. Com este acordo, não traz dificuldades nem para os lojistas, muito menos para os feirantes. Fizemos isso pois é momento de Natal, um momento que há a necessidade de incrementar as vendas e o interesse do município não é prejudicar ninguém, o que o município quer, é organizar para que todos possam comprar e todos possam vender”, afirmou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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