Feira de Santana

Feira traz artesanato, cultura e arte para a Avenida Getúlio Vargas em Feira de Santana

No local, é possível encontrar peças variadas de artesanato, diversos tipos de plantas, esculturas, objetos de decoração, antiguidades, produtos caseiros da agricultura familiar, artes visuais e até mesmo animais.

Laiane Cruz

Realizada sempre aos domingos, no canteiro central da Avenida Getúlio Vargas, em Feira de Santana, a feirinha do projeto Arte na Avenida tem atraído um número cada vez maior de visitantes, por ser um agradável ponto de encontro entre amigos e uma opção de lazer no final de semana para toda a cidade.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

No local são comercializado peças variadas de artesanato, diversos tipos de plantas, esculturas, objetos de decoração, antiguidades, produtos caseiros da agricultura familiar, artes visuais e até mesmo animais domésticos, como cães e gatos.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Conhecido como Domingos Santeiro, o comerciante Domingos José da Paixão é dono de um antiquário na sede do distrito de Maria Quitéria. Desde que a feira começou, em 2018, ele traz suas esculturas em madeira, móveis e objetos antigos, cordéis e algumas rapaduras, vindas do Ceará.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Aqui é um ponto de encontro, uma área de lazer, e um balcão de negócios para os artistas e artesãos que trabalham em casa e não têm como mostrar o seu trabalho. Aqui eu trago minhas esculturas em madeiras, os cordéis que eu escrevo e uma rapadura serenta que vem de Brejo Santo, no Ceará, e desmancha na boca. Essa rapadura não é feita com açúcar, é feita no engenho da garapa da cana. Eu vendo aqui uma rapadura do tamanho de uma tarefa de terra por apenas R$ 10, e quem compra meus objetos, Deus abençoa”, brincou o artesão, muito bem humorado.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Bom de papo e cheio de histórias engraçadas, seu Domingos demonstrou ainda que entre as relíquias trazidas por ele estava um baú antigo feito de madeira de cedro, e todo recoberto com couro. O item de decoração estava sendo comercializado por R$ 800.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Esse baú pertenceu ao avô, do bisavô do meu tataravô, que ela era tropeiro e tinha cinquenta mulas. Ele carregava relíquias nesse baú e levava para Portugal, pelo mato, quando ainda não existia mar”, brincou, aos risos, só para ilustrar como a peça era antiga.

Escultor, marceneiro e lutier (que confecciona violas artesanalmente), Raimundo Ramos Cerqueira, expôs o seu trabalho pela primeira vez este domingo.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Ele vende esculturas, rádios antigos que funcionam a válvula, telefones de modelos antigos, ainda em funcionamento, e outras antiguidades, como aqueles ferros pesados que eram colocados na brasa, violas artesanais e móveis antigos.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

O artesão mostrou algumas de suas exposições, como uma cadeira feita de madeira de imbuia, a qual pertenceu à sua avó e uma viola que foi feita por ele em aproximadamente seis meses.

Também com uma banca na feira, Sara Andrade, tem um plantio de rosas do deserto. Desde que o projeto foi retomado este ano, ela participa e acredita que as vendas estão atendendo as expectativas.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Está atendendo as expectativas e dando resultados. Eu ouvi dizer que eles vão padronizar, o que eu acho interessante. Padronizando e fazendo divulgação já melhora bastante. Vendo vasos a partir de 30 reais já com flores, e mudas a partir de 10 reais”, informou.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

O coordenador da feira, Carlos José dos Santos de Macedo, conhecido como Carlinhos de Missuca, comemorou o sucesso do projeto na Avenida Getúlio Vargas, que conta com o apoio prefeitura municipal.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Hoje nós temos 438 pessoas inscritas, começamos com seis. A gente está na décima quarta edição, desde 2018. Em 2020, por causa da pandemia não fizemos a Feira, e só retornamos este ano em outubro. A feira tem crescido bastante, o artesanato está expandindo muito”, destacou.

Segundo ele, existe a ideia de padronizar as barracas, mas isso algo ainda para o futuro. “Tem a questão da logística, para colocar e retirar. Aqui a gente aproveita a sombra das árvores, cada um traz sua banca, suas cadeiras, e na hora de retirar não tem muito trabalho, tudo prático”, disse.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
 

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