Feira tem 82º PIB do país

A 82ª cidade mais rica do país, Feira de Santana também se posiciona bem no Nordeste, ficando em 14º lugar.

Representantes de duas das principais entidades de classe – comércio e indústria – comemoram o que consideram gigantesco o salto de Feira de Santana na área econômica ao longo dos anos, posicionando-se entre as 30 cidades que mais geraram emprego formal (com carteira assinada) no mês de novembro em todo Brasil, além de pular para o 82º lugar entre os municípios mais ricos do país, registrando um Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de R$ 4,7 bilhões.

“Feira de Santana está em uma fase excepcional com o aumento na oferta de empregos formais e o reflexo no crescimento do PIB”, resumiu o presidente do Sindicato do Comércio, José Carlos Moraes Lima.  “Contrariando a crise econômica que afetou o mundo inteiro”, conforme completou o presidente do Centro das Indústrias de Feira de Santana (Cifs), André Régis Andrade.

Os dirigentes apontaram as intervenções do Governo Federal cruciais para salvaguardar a economia, beneficiando cidades como Feira de Santana, potencialmente vista como “bons olhos” pelos investidores, reaquecendo o sistema, gerando novos empregos formais.

Eles citaram, por exemplo, a redução da alíquota do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) e o lançamento de programas habitacionais no Brasil, especialmente em Feira de Santana, onde as empresas acabaram impulsionando as linhas de produção e, por conseguinte, as vendas. Com isso, a geração de 1.729 empregos formais no mês de novembro em Feira.

Segundo José Carlos Moraes Lima, o período de fim de ano também contribuiu para elevar o número de vagas com os chamados empregos temporários, totalizando quase 30 mil trabalhadores com carteira assinada somente no comércio. A expectativa é de um aumento de 10% a 12% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. “A cidade está fervilhando, lojas abarrotadas de gente e a expectativa é de dois milhões de pessoas de outras cidades até o final de dezembro para fazer compras em Feira!", disse.

A posição geográfica de Feira de Santana, tornando-se o maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste e um dos primeiros do país, também foi apontada como fator preponderante para o crescimento econômico do município. André Régis observa que a posição privilegiada de Feira acabou atraindo grandes investidores nacionais, a exemplo das grandes redes atacadistas e industriais – neste último caso, que se instalaram no Centro Industrial do Subaé (CIS).

“A localização privilegiada do município é muito importante para as empresas que atuam como logística e, no caso de Feira de Santana, foi fundamental para as empresas que projetam sua expansão para o Norte e Nordeste”, disse André, “gerando oportunidades de empregos formais, crescimento econômico e, consequentemente, do PIB”.

A estruturação do município , através dos poderes públicos, preparando-se para absorver novas empresas, também foi apontado como fator importante para que Feira de Santana viesse a se tornar definitivamente em uma cidade-pólo. “Os últimos nove anos do governo municipal, dotando a cidade de infra-estrutura, levaram os investidores a descobrir o verdadeiro potencial econômico na região”, acrescentou José Carlos Moraes.

Feira de Santana aparece na 28ª posição entre as cidades que mais gerou emprego formal em novembro no Brasil. A informação é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16), Feira gerou 1.729 empregos, o que representa 2,13% do total 246 mil postos de trabalho formal criados no mês.

O número de empregos formal criados em Feira de Santana é superior, inclusive, a quatro capitais, que estão entre as 50 maiores. São elas: Belém (PA), com 1.687 empregos (0,75%), na 30ª posição; Maceió (AL), com 1.512 empregos (1,04%), 32ª posição; João Pessoa (PB), com 1.199 empregos (0,95%), na 38ª posição, e Vitória (ES), com 1.007 empregos (0,66%), na 46ª posição.

Na Bahia, além de Feira de Santana, outras três cidades aparecem na lista com destaque para a criação de empregos. São elas: Salvador com 8.124 empregos (1,52%), na 3ª posição; Lauro de Freitas com 1.009 empregos (1,19%), na 45ª posição, e Camaçari com 976 empregos (1,63%), na 48ª posição.

A 82ª cidade mais rica do país, Feira de Santana também se posiciona bem no Nordeste, ficando em 14º lugar. E, na Bahia, ocupa a 4ª colocação, atrás de Salvador, Camaçari e São Francisco do Conde. Os dados foram divulgados na quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou o PIB dos municípios brasileiros em 2007.
 

Informações da Secom

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