Feira de Santana

“Feira pode ficar isolada do desenvolvimento da Bahia”, diz Colbert sobre Aeroporto de Feira de Santana

Colbert salientou a construção da ponte Salvador-Itaparica, mas ressaltou que Feira não pode ficar atrás e precisa de um grande aeroporto.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Na manhã de quinta-feira (1º), durante entrevista no Programa Acorda Cidade, pela Rádio Sociedade News FM, o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins da Silva, deu declarações a respeito do Aeroporto Governador João Durval Carneiro e de algumas obras realizadas em todo o estado que, segundo ele, podem deixar a cidade fora do desenvolvimento econômico da Bahia.

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O prefeito disse que após longos anos para se construir o muro, a obra iniciou. Ele criticou a infraestrutura da pista dizendo que 1.500 metros é algo muito limitado e comparou com outros aeroportos do Nordeste.

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Colbert Martins, prefeito | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Conquista tem 2.200 metros. A quantidade de pessoas em Conquista que usa a aviação é muito menor do que a de Feira. Então o aeroporto tem que ser, no meu entendimento, novo e um grande aeroporto. Quantos bilhões o estado vai gastar na ponte para Salvador? Se tiver ponte, Feira vai perder espaço. Quem vai ganhar é Santo Antônio de Jesus, o porto de Ilhéus, quem vai perder é Feira de Santana e só podemos aceitar, no mínimo, um aeroporto com a qualidade e o tamanho que possa ter cargas. Esse é um aeroporto para ter 3 mil metros de pista”, disse.

Colbert salientou a construção da ponte Salvador-Itaparica, mas ressaltou que Feira de Santana não pode ficar atrás e precisa de um grande aeroporto para se colocar no mercado logístico.

“Não é aeroportinho não. É transformar essa opção. Se tem a ponte para lá, nós temos que ter o grande aeroporto aqui em Feira de Santana. Vamos fazer a ponte Salvador-Itaparica? Vamos, é necessário, é correto fazer, vai ter um grande Porto em Ilhéus, vai ter uma ferrovia, mas Feira só aceita um grande aeroporto na área logística da nossa cidade. Caso contrário, Feira pode ficar isolada do desenvolvimento da Bahia”, alertou.

Ampliando a capacidade do aeroporto, serão criados novos postos de trabalho, o que para o prefeito, seria ideal para o desenvolvimento de Feira e da maior aceitação do público ao empreendimento.

“Vamos ter uma grande aceitação de pessoas, novos empregos e o impacto que o aeroporto desse tamanho provoca, quem foi em Petrolina, quem foi em Campina Grande, sabe o que eu estou dizendo”, disse.

O prefeito disse que visitou o aeroporto, não oficialmente, na quarta-feira (31) e percebeu que “há espaço à vontade” para ampliação, inclusive, ele disse que tem contato com um proprietário de fazendas na região, e que se for preciso, podem chegar a um acordo que beneficie a implementação de um novo, maior e melhor aeroporto para a cidade.

Para ele, o desgaste do empreendimento com a abertura e fechamento de voos, é “falta de prioridade do estado”, que terceirizou o aeroporto no governo de Jaques Wagner e não investiu no local.

“Precisamos fazer o que vi, por exemplo, lá em Caruaru, que é uma cidade da metade de Feira de Santana e vai para 2.800 metros de pista. Quem está fazendo isso? A Infraero. Falta vontade política para poder assumir o aeroporto de Feira como importante processo para o desenvolvimento da Bahia”, pontuou.

No último Podcast do Escuto Cá Entre Nós, do Portal Acorda Cidade, o convidado da edição, Marcus Vinicius Campos, feirense, gerente de negócios aéreos do Aeroporto Internacional de Salvador, comentou sobre o desgaste do empreendimento em Feira que não tem conseguido se desenvolver, em tantas tentativas ao longo dos anos.

“A gente tem que ver a estrutura do aeroporto. Então, a pista precisa crescer, o aeroporto não consegue receber voos noturnos, tudo isso vai restringindo. Outra questão, o voo que já tivemos em Feira de Santana, inclusive o último cancelado recentemente, a finalização é que apesar de ter uma ocupação em média de 60%, esses voos não enchiam. E aí se você analisar, você tem um voo dia sim dia não, a companhia aérea precisa manter estrutura de funcionários trabalhando no aeroporto. A companhia aérea precisa ou deveria ter também um executivo de vendas na cidade para estar promovendo os voos”, disse o gerente durante entrevista. Ouça aqui.

Durante a participação no programa, o prefeito ouviu a fala de Marcus Campus e concordou dizendo que “um voo para Salvador é absolutamente antieconômico”.

“Nós nunca pensamos nisso. É um fracasso atrás do outro. Mas é o que ele falou, não tem capacidade de voo noturno para descer. Não tem um equipamento chamado IFR que é um equipamento de navegação que o piloto precisa enxergar a pista até estar mais ou menos a 200 metros de altura. É o equipamento de rádio. Não tem torre de controle. Então o aeroporto não tem essas opções, a gente está ficando no fim da fila”, acrescentou.

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