Distanciamento social

Famílias adotam novas práticas para realizar a ceia de Natal

Por conta da pandemia, o mais prudente é evitar aglomeração mesmo em família.

Gabriel Gonçalves

Para muitas pessoas o período natalino é a oportunidade em reunir toda a família e amigos para celebrar. No entanto, neste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus que atingiu o mundo inteiro, o mais prudente é evitar aglomeração mesmo em família, para barrar a proliferação do vírus.

A engenheira civil Jadyhellen Almeida, por exemplo, vai celebrar o Natal apenas com o esposo, os pais e os sogros.

Foto: Arquivo Pessoal

"Todo ano a gente celebra o Natal na casa de um familiar e geralmente nossas reuniões são com 30 a 35 pessoas. Infelizmente será uma grande mudança porque não teremos esse encontro nesse ano. Será mais reservado com meu esposo, meus pais e os pais do meu esposo. Apesar de morar distante, essa é uma época que a gente consegue reunir todo mundo porque a grande maioria está de férias, reuníamos primos, tios, que não se viam há muito tempo", enfatizou.

Natal da família Almeida no ano passado | Foto: Arquivo pessoal

Para Jadyhellen, a celebração do Natal neste ano terá um gosto de falta por não conseguir reunir todas as pessoas que ama.

"Cada um vai passar na sua casa, nós vamos ficar aqui em Feira, não vou ver meus avós, meus tios, primos e acredito que o que mais vai fazer falta é justamente estar junto das pessoas de quem a gente ama, de quem a gente gosta, sendo que todos os anos estamos ali reunidos comemorando, não só o Natal, mas também aniversários da família que sempre acontecem agora no final do ano", finalizou.

Sem perder a essência do verdadeiro sentido do Natal, a pedagoga Maria de Lourdes Santos, conhecida como "Pró Ziga", afirmou ao Acorda Cidade que neste ano mediante aos novos desafios, as restrições também estarão presentes na celebração do Natal.

"Gostaríamos que aquelas pessoas queridas estivessem ao nosso lado, mas por conta desse novo formato que estamos vivendo nesse ano com essa pandemia e mediante aos desafios e circunstâncias, precisamos fazer algumas restrições sem perder a essência do verdadeiro sentido do Natal", explicou.

Segundo Pró Ziga, principalmente neste ano, as famílias precisam vivenciar o Natal com base nos pilares da fé, mesmo com o quantitativo de pessoas reduzido.

Foto: Arquivo pessoal

"Precisamos vivenciar o sentido do Natal, pois é a chegada do Emanuel, Deus conosco, vamos diminuir o quantitativo, mas sem perder essa essência, além dos pilares da fé e viver com consonância com o divino, pois este é o verdadeiro Natal em família, precisamos acreditar nesse Deus poderoso e aproveito para desejar um Feliz Natal, um Ano Novo repleto de paz e de luz em todos os lares, que possamos celebrar o Natal com fé e esperança e alegria", finalizou. 

O comerciante Matheus Mascarenhas Bittencourt disse ao Acorda Cidade que vai comemorar o Natal em casa com a família, além de resguardar a saúde da mãe que já está idosa.

"Animado a gente sempre fica quando chega esse período, mas também preocupado com o avanço da covid-19. Essa segunda onda está nos deixando um pouco apreensivos. Infelizmente não será como queríamos, mas temos que respeitar. Em 2019 passamos na casa da minha mãe, mas agora será eu, minha esposa e minha filha em casa mesmo até porque minha mãe já está idosa, então vamos preservar a saúde dela, mas já estamos preparando tudo como o peru de Natal que não pode faltar", explicou.

Plantonista da empresa onde trabalha, a camareira Adriana de Jesus explicou que mesmo não estando presente com a família na ceia de Natal, agradece por mais um ano com saúde e emprego.

"Eu estava com planos para viajar, mas eu vou passar o Natal trabalhando, minha família vai se reunir, porém eu não estarei presente. De qualquer forma isso é bom, porque estou empregada, com saúde. Graças a Deus toda a família com saúde também e é isso que importa, pois o restante a gente conquista", destacou.

O autônomo Gerlanio Vieira informou ao Acorda Cidade que vai passar o Natal com a família, mas destacou a perda de muitas vidas para o coronavírus.

"Por tudo que passamos neste ano, o ideal é que possamos passar com a família, principalmente ao lado da minha mãe. Infelizmente tivemos muitas perdas, famílias enlutadas, mas agradecendo a Deus por estarmos vivos. Só ele pode nos dar forças, apesar de tudo que estamos vivendo nesses momentos tristes", disse.

Também reunida com a família, a confeiteira Andreia Juliana explicou que nesse momento de Natal, não pode ficar desanimada e já está na expectativa de encontrar os familiares.

"Esse ano eu vou passar o Natal com a família, então se estamos com nossos familiares não podemos ficar desanimados, todos com saúde, todo mundo em paz, é isso que importa. Já estou à procura de um peru, apesar de que está um pouco caro, um bolinho também para compor a mesa, além das buscas de alguns presentes", finalizou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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