Despedida

Familiares e amigos se despedem de Vinícius Moreira, engenheiro morto em Feira de Santana

O editor de mídia audiovisual, Rafael Cerqueira, esteve na cerimônia e classificou o amigo como alguém de coração muito puro.

Sepultamento de Vinicius Moreira, ciclista morto após ser baleado na Av. Nóide Cerqueira em feira de Santana
Sepultamento de Vinicius Moreira, ciclista morto após ser baleado na Av. Nóide Cerqueira em Feira de Santana | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

Vinícius Moreira de Souza, de 28 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (20) no Cemitério Jardim Celestial. O engenheiro morreu após ser baleado enquanto pedalava na Avenida Noide Cerqueira, em Feira de Santana. A cerimônia reuniu amigos e familiares da vítima, que era chamado carinhosamente de “Bolt”.

O editor de mídia audiovisual, Rafael Cerqueira, foi um dos muitos amigos de Vinícius que compareceram à cerimônia. Ao Acorda Cidade, ele classificou o engenheiro como alguém de coração muito puro.

Rafael Cerqueira, amigo de Vinícius
Rafael Cerqueira, amigo de Vinícius | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

Se existem anjos aqui entre nós, ele era um deles. Bolt era uma pessoa muito boa, uma pessoa que acolhia todo mundo, que ajudava todo mundo, um profissional extremamente competente no que fazia. É uma perda não só pra gente, é uma perda para toda a sociedade, uma ferida que nunca vai curar e que a gente vai ter que aprender a lidar”.

Sepultamento de Vinicius Moreira, ciclista morto após ser baleado na Av. Nóide Cerqueira em feira de Santana
Sepultamento de Vinicius Moreira, ciclista morto após ser baleado na Av. Nóide Cerqueira em feira de Santana | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

Mais atenção para a Segurança Pública

Visivelmente comovido, Rafael confessou que apesar de todo o sofrimento, a “ficha parece que ainda não caiu”. O editor direcionou a fala para cobrar das autoridades uma medida para promover mais segurança e evitar que situações como a morte de Vinícius não se repitam.

“É importante ter um pouco mais de atenção à Segurança Pública, porque hoje em dia o nosso cotidiano está sendo ameaçado. Ele só saiu para pedalar. É preciso redobrar o trabalho, porque as atividades corretivas são importantes, mas é preciso focar em atividades preventivas para que outras famílias não chorem, porque não é só Vinícius”, disse Rafael.

A violência na Princesa do Sertão

Vinícius foi baleado durante um assalto na noite da última quarta (15). Cerca de 24 horas antes, na terça (14), Jocivaldo Santana da Cruz, de 37 anos, foi outra vítima da violência em Feira de Santana. O pedreiro foi baleado após sair de casa com uma bicicleta e morreu dois dias após o crime.

Esse dois casos representam o nível de violência em Feira de Santana. Segundo os dados do Anuário de Segurança publica de 2024, Feira de Santana ocupa a 6º posição entre as 10 cidades mais violentas do Brasil. Ainda de acordo com o levantamento, seis das 10 cidades mais violentas do país, estão na Bahia.

Eu acho que a segurança na Feira está insuportável. Não é possível que as pessoas estudem e lutem para conquistar suas posições e de um momento para o outro percam a vida para pessoas que não tiveram a oportunidade de saber o que é sentimento de família, o que é muito importante”, disse o jornalista Wilson Mário, que esteve presente na cerimônia.

Wilson Mário, Jornalista
Wilson Mário, Jornalista | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

O jornalista afirmou que é morador do bairro SIM há muitos anos e, que está assustado com o nível de violência da cidade. No auge dos 75 anos de idade, Wilson confessou que tem medo de sair à noite em Feira de Santana.

“Não consigo entender por que, no final de semana, principalmente aos domingos, a Avenida Noide Cerqueira é fechada, tem policiamento ostensivo, SMT, uma parafernália, e depois das 17h, nos dias normais da semana, não tem isso. Falta iluminação, segurança, câmeras de monitoramento. Isso vai continuar, senhor governador? O senhor precisa tomar uma posição em Feira de Santana. É a segunda maior cidade da Bahia. Não é possível que essa sociedade viva reclusa em suas residências simplesmente porque tem medo”, concluiu Wilson.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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