Luto

Familiares e amigos se despedem de Olga Guimarães, mais conhecida como "Professora Niá", filha de Gastão Guimarães

Olga leva seu nome há frente da Pré-escola no CSU. Ela também atuou no Ecassa, a Escola do Centro de Assistência Social Santo Antônio.

Olga Guimarães
Foto: Arquivo Pessoal

Morreu nesta quinta-feira (26), em Feira de Santana, aos 98 anos, Olga Noêmia de Freitas Guimarães, carinhosamente conhecida como Niá. Aos 98 anos, a educadora deixa um legado de amor, fé e dedicação à cidade. O velório aconteceu na residência da família, localizada na Rua Barão de Cotegipe, e o sepultamento foi realizado às 16h, no Cemitério Piedade.

A filha mais nova de Gastão Guimarães, importante médico e educador da história de Feira, Olga Noêmia também foi uma mulher que viveu intensamente, com o propósito de fazer o bem e sendo referência para as futuras gerações. Professora por mais de 30 anos, ela se destacou por sua paixão pela educação e pela forma como incentivava e acolhia os colegas de profissão.

Olga Guimarães
Olga Guimarães | Foto: Arquivo Pessoal

“Ela era uma pessoa incrível. Sabia valorizar e incentivar a gente. O que mais marcou foi o incentivo que ela dava às professoras. Era uma marca principal que eu guardei dela”, relembra emocionada Luciene Santana Silva, colega e amiga próxima de longas datas. “Ela elogiava o mínimo que a gente fizesse e ela gostava de escrever uma cartinha no planejamento da gente elogiando e incentivando”.

Velório de Olga Guimarães - sobrinha-neta Adriana Alencar - ft ed santos acorda cidade
Luciene Silva | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Assim como o pai, ela também ganhou homenagens. Olga leva seu nome há frente da Pré-escola no Centro Social Urbano (CSU). Ela também atuou no Ecassa, a Escola do Centro de Assistência Social Santo Antônio.

Além de sua trajetória como educadora, ela era profundamente ligada à religião. Membro da Ordem Terceira Franciscana, era presença constante nas atividades da Igreja dos Capuchinhos e nas pastorais.

“Tia Niá foi uma mulher de fibra, forte, ativa, que sempre o que ela quis, ela correu atrás, ela quis conquistar. Eu acho que isso ficou muito de legado pra gente, que eu me sinto um pouco, hoje, dessa mulher que ela foi”, conta Adriana Alencar, sobrinha-neta.

Velório de Olga Guimarães - sobrinha-neta Adriana Alencar - ft ed santos acorda cidade
Adriana Alencar | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Segundo Adriana, Olga faleceu de causas naturais devido a idade. Desde a pandemia que a idosa já se sentia mais limitada por conta das comorbidades da idade. “Mas para a fé, a religião, a lucidez era total”.

“Todas as vezes que eu pensar e não ter fé, vou lembrar dela, que ela foi uma mulher extremamente de fé e de fibra. Foram 98 anos bem vividos, de amor, de dedicação, de ser amada também por todos nós. Então, acho que o maior legado de vida que ela deixou foi esse, da fé, da coragem, de sempre estar com Cristo, e dessa questão de mulher mesmo, de sermos mulheres de fibra, sempre ajudar o próximo, eu acho que esse é o maior legado que ela pode ter nos deixado”, acrescentou Adriana ao Acorda Cidade.

Frei José Monteiro Sobrinho, do Santuário Santo Antônio, falou ao Acorda Cidade sobre o papel importante que Olga desempenhou na educação, mas também na igreja.

Frei José Monteiro
Frei José Monteiro | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Ela era uma pessoa extraordinária. Quando eu cheguei a trabalhar, ela era supervisora, uma pessoa dedicada à educação, de mente aberta. Mas também muito, digamos assim, ordenada, organizada naquilo que fazia, exigente, mas com aquela exigência que não comprimia ninguém”, relembrou o Frei.

Sua partida é uma grande perda para Feira de Santana, mas o legado que ela construiu permanecerá vivo nas memórias e corações de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. Segundo o Frei Monteiro, Olga nutria um afeto pelo Santuário dos Capuchinhos, pela devoção a Santo Antônio, mas também pelos laços da igreja com a educação.

Olga Guimarães
Foto: Arquivo Pessoal

Nos últimos anos, ela enfrentou os desafios da idade avançada com serenidade. Uma queda recente, que resultou na fratura do fêmur, limitou sua mobilidade, mas não apagou o brilho de sua lucidez e a força de sua fé. Para aqueles que conviveram com ela, a saudade será acompanhada pela lembrança de sua alegria, dedicação e profundo amor ao próximo.

Olga Guimarães não teve filhos, mas deixa muitos sobrinhos, familiares, amigos e colegas por quem sempre será lembrada por sua fé, força, afeto e determinação.

Leia também: Professora Niá morre aos 98 anos em Feira de Santana

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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