Rachel Pinto
Acontece até o dia 28 de outubro no Boulevard Shopping em Feira de Santana a exposição fotográfica de mulheres que venceram o câncer de mama. A mostra é organizada pelo Grupo Baiano de Oncologia (GBO) e está em sua segunda edição.
Segundo o médico mastologista Danilo Rebouças, o objetivo da exposição é mostrar para toda a população que qualquer mulher está suscetível a ter câncer de mama, independente de idade, cor, raça, biótipo ou classe social e o tratamento da doença tem várias etapas.
“O suporte da família, da sociedade e o apoio psicológico são fundamentais nesse processo. Entendendo que o câncer não deve ser escondido e o diagnóstico precoce é o fator mais importante em relação ao sucesso do tratamento e a possibilidade de cura”, disse.
Foto: Denison Monteiro
O médico também frisou que o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres e durante tratamento da doença pode ocorrer a necessidade da cirurgia de mastectomia. Ele ressaltou que esse procedimento cirúrgico muitas vezes assusta as pacientes, além de mexer bastante com a autoestima.
“Quão mais próximo a paciente continuar a sua vida habitual, melhor. Manter a sua autoestima, encarar de forma positiva se sentir sensual e desejada. É muito importante para o sucesso no tratamento. A aderência da paciente é um fator muito importante, como por exemplo, fazer os exames corretamente e tomar as medicações no prazo. Com certeza o resultado é sempre melhor”, comentou.
A paciente Maria Tereza dos Santos, foi diagnosticada com câncer de mama aos 23 anos e já foi curada. Ela contou que desde os 15 anos faz acompanhamento com mastologista devido a ter predisposição genética de ter a doença e a descoberta do nódulo no seio aconteceu aos 23 anos através da biópsia. Ela também participou do ensaio fotográfico que levou a exposição das imagens ao Boulevard Shopping e afirmou que foi uma oportunidade para mostrar para outras pessoas que venceu a doença e alcançou a cura.
Foto: Divulgação
“A doença mexeu com o meu lado físico e emocional. Foi um conflito, eu tava no nono semestre da faculdade, prestes a me formar. Um dos momentos mais difíceis foi a quimioterapia. Tinha muitas incertezas, mas acreditava muito que eu iria passar por aquilo e iria vencer”, acrescentou.
Maria Tereza comentou que desde o início do tratamento mentalizava que seria a prova viva do câncer e a doença seria uma fase difícil para que depois pudesse retomar normalmente a sua vida.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.