Exposição retrô celebra a história dos videogames e encanta gerações em Feira de Santana

A paixão pelos videogames antigos ganhou espaço em uma exposição especial realizada neste fim de semana em Feira de Santana. Organizada por vários colecionadores, como Wellington Carneiro Sena, de 71 anos, o evento celebrou a cultura dos consoles retrô e videogames, atraindo jovens e adultos fascinados pela nostalgia dos jogos eletrônicos.

A exposição, que contou com a parceria da equipe do Museu Retro Game Bahia, trouxe mais de 40 itens, levando o público a uma brilhante volta no tempo através do mundo dos games. O encontro atemporal aconteceu no campus da Unifacs, no bairro Santa Mônica.

📲 😎SEJA VIP: Siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp e receba as principais notícias do dia.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o colecionador Wellington Carneiro Sena trouxe à tona a nostalgia dos consoles retrô que atraiu visitantes de todas as idades. Para quem não sabe, “consoles” são microcomputadores pequenos que servem para jogar videogames.

Apesar de ser eletricista, foi no comércio dos games que ele descobriu sua paixão e passou a ser um colecionador de videogames ainda nos anos 90.

“A ideia de colecionar videogames começou nos anos 90, quando eu trabalhava com eletrônica comercial. Naquela época, o Atari estava em alta, depois vieram o Nintendinho, o Super Nintendo, e assim fui me apaixonando e criando minha coleção. De lá para cá, foi juntando e fizemos dois eventos por ano. Fizemos eventos no Modelo, na Uneb, em Alagoinhas, e três eventos no Amélio Amorim. Antes da pandemia, tivemos dois eventos no Sesc. Agora, este é o nosso primeiro evento desde a pandemia”, conta Wellington.

Na exposição, consoles clássicos como Super Nintendo, Mega Drive e Atari encantavam aqueles que atualmente só conheciam os jogos modernos, como PlayStation 5 e Xbox One X. Segundo Wellington, o gráfico e a jogabilidade dos antigos são incomparáveis. “Hoje tudo é bonito visualmente, mas falta aquela jogabilidade única dos jogos de antigamente”.

O acervo da Retro Game Bahia foi uma paixão adquirida com muito esforço ao longo do tempo, como explicou o colecionador. “Isso é um fanatismo bom. Quanto mais a gente tem, mais quer. A gente parou um pouco com a pandemia, mas agora estamos reativando tudo. Esse é o primeiro evento para abrir as portas e, a partir daqui, retomar os eventos”, acrescentou Wellington.

Os visitantes, especialmente os mais jovens, ficaram encantados ao ver de perto consoles que só conheciam pela internet. Marcelo Silva, de 16 anos, estudante do ensino médio, falou sobre sua experiência.

“Tem videogames aqui que eu só conhecia por vídeos no YouTube, mas agora tive a oportunidade de vê-los pessoalmente e até tocar nos consoles antigos. É emocionante ver tudo isso preservado.” Seu favorito era o PS2, lançado em 2000, e o Nintendo 64. “Passei horas jogando no PS2 Slim preto, foi algo marcante na minha infância”.

Questionado sobre a diferença entre os consoles antigos e os modernos, Marcelo disse: “Na minha opinião, os antigos eram melhores. Eram mais acessíveis. Hoje em dia, um PlayStation 5 custa mais de mil reais”.