Feira de Santana

Exame confirma que gerente de loja estava com covid-19; Secretaria Municipal de Saúde esclarece sobre o atendimento

O estado de Rosilda era grave e ela morreu uma semana após o primeiro atendimento.

Acorda Cidade

Foi confirmado por meio de exame realizado pelo Laboratório Central da Bahia (Lacen) que a gerente de loja Rosilda Vicente da Silva, de 45 anos, que morreu na última sexta-feira (13), estava com covid-19. O filho da vítima realizou várias postagens nas redes sociais reclamando do atendimento, denunciando que houve negligência.

O estado de Rosilda era grave e ela morreu uma semana após o primeiro atendimento (Veja o relato do filho aqui). Por meio de nota de esclarecimento, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o falecimento dela ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento Estadual, localizada na região do Hospital Geral Clériston Andrade.

A secretaria informa também que foi correta a assistência dos médicos nas duas policlínicas municipais por onde ela passou, antes de procurar uma clínica particular, cujo médico ao analisar o estado em que a comerciária se encontrava, determinou que a mesma procurasse um atendimento de emergência.

Leia a nota de esclarecimento da secretaria na íntegra:

Comerciária que morreu de Covid-19 em UPA do Estado foi corretamente atendida em policlínicas municipais

A Secretaria de Saúde de Feira de Santana está apresentando esclarecimentos sobre a morte da comerciária Rosilda Vicente da Silva, de 45 anos, por Covid-19 – o resultado do teste para coronavírus já foi divulgado pelo Lacen. Rosilda faleceu na última sexta-feira, dia 12, na Unidade de Pronto Atendimento de responsabilidade do Governo do Estado localizada na região do Hospital Geral Clériston Andrade.

Um filho da vítima critica, nas redes sociais, o atendimento prestado à sua mãe. De acordo com o apurado pela Secretaria de Saúde de Feira, foi correta a assistência dos médicos nas duas policlínicas do Município que ela visitou.

Dia 6, a comerciária esteve na Policlínica do bairro Rua Nova. Como apresentava um quadro estável e com sintomas difusos, febre e alguma dor (poderia ser dengue, por exemplo), foi medicada e orientada a retornar para casa, como determinam os protocolos médicos .

Dia 9, terça-feira, ela voltou a buscar atendimento, desta vez na Policlínica do Feira X e alegando cansaço respiratório. O médico recomendou que ela cumprisse isolamento domiciliar e a paciente assinou termo de responsabilidade com este compromisso.

De acordo com os protocolos de assistência de Covid-19, não havendo a necessidade de internamento, a pessoa com suspeita do vírus deve cumprir isolamento social, e se agravar o quadro, buscar o atendimento em uma UPA.

De acordo com relato do filho dela, Rosilda foi conduzida dois dias depois, 11 de junho, ao Centro Médico dos Remédios, uma clínica particular. Segundo ele, o profissional que a atendeu recomentou que fosse conduzida a uma emergência. Foi levada, então, para a UPA Estadual no HGCA.

Tragicamente, na tarde do dia 12, Rosilda faleceu. A família reclama que ela não foi atendida em uma unidade hospitalar de alta complexidade. A regulação, nesse caso, seria da responsabilidade da UPA Estadual e não das policlínicas municipais, onde ela esteve anteriormente, quando ainda não apresentava um quadro grave.

Sobre o teste de Covid-19 em Rosilda, a Vigilância Epidemiológica Municipal informa ter sido feito pelo Hospital Geral Clériston Andrade e o resultado deu positivo.

Apenas no dia 13 a Vigilância Epidemiológica recebeu a Declaração de Óbito por parte do HGCA. A partir deste momento o órgão da Prefeitura tentou contato com os filhos de Rosilda para testa-los. Mas não houve receptividade por parte deles.


Leia também:  'Foi tudo tão rápido', disse jovem que perdeu a mãe com suspeita de covid-19; família reclama de atendimento

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários