Na tarde deste sábado (22), o auditório da Farmácia Brito, em Feira de Santana, foi palco de um evento dedicado à conscientização e inclusão das pessoas com Síndrome de Down. A iniciativa reuniu pais, profissionais da área da saúde e pessoas com a condição para compartilhar experiências e discutir desafios e avanços na luta pela equidade e acessibilidade.
A psicóloga Juliane Barbosa, mãe de uma jovem de 18 anos com Síndrome de Down, destacou a importância de eventos como esse para disseminar conhecimento e incentivar a inclusão.
“Esse evento traz visibilidade para a nossa causa. Ontem, 21 de março, foi o Dia Internacional da Síndrome de Down, e hoje promovemos esse encontro para fortalecer a luta pela equidade e a inclusão da pessoa com T21”, afirmou Juliane.
Ao Acorda Cidade, ela ressaltou que um dos principais desafios enfrentados pelas famílias é a inclusão educacional e profissional.
“A maior dificuldade é a sociedade aceitá-los como são e oferecer oportunidades reais, seja na escola, no mercado de trabalho ou em outros espaços sociais. Para superar isso, precisamos mostrar a potencialidade deles e ampliar as possibilidades de participação”, explicou.
Patrícia Leal, mãe de Benjamin, de 3 anos, também compartilhou sua experiência. Ela faz parte do grupo Mães Dedicadas, que reúne mais de 100 mães no WhatsApp para troca de informações e apoio mútuo.
“Esse grupo foi fundamental para mim desde o nascimento do Benjamin. Compartilhamos vivências, dicas sobre terapias, alimentação e estímulos essenciais para o desenvolvimento das crianças”, contou.
Apesar dos avanços, Patrícia reconhece que muitas famílias ainda enfrentam dificuldades no acesso a serviços de saúde e educação de qualidade.
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“Meu filho tem recebido os estímulos necessários, mas sabemos que muitas crianças ainda não conseguem ter acesso a terapias e profissionais especializados. Precisamos ampliar essas oportunidades para todos”, disse.
O evento também contou com a participação de Felipe Alisson, de 25 anos, que tem Síndrome de Down e atua como fotógrafo. Ele falou sobre sua paixão pela fotografia e sua rotina.
“Desde pequeno, sempre gostei de fotografar. Hoje, moro em um condomínio no bairro SIM, o que tem me permitido conhecer mais pessoas e expandir minhas conexões”, relatou Felipe.
Sobre como se sente em relação à sociedade, Felipe demonstrou otimismo.
“Tenho muitos amigos, mantenho contato com eles e sigo minha rotina com horários organizados para estudar, trabalhar e me divertir. É importante termos um bom relacionamento com as pessoas e viver bem”, afirmou.
Ao final do evento, participantes reforçaram a importância de continuar promovendo ações de conscientização para garantir mais inclusão e respeito às pessoas com Síndrome de Down. O encontro foi um momento de aprendizado, troca de experiências e fortalecimento da luta por uma sociedade mais justa e acolhedora.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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