Uma iniciativa que com toda certeza faz a diferença aconteceu na manhã desta terça-feira (9). Estudantes do Colégio Estadual Odorico Tavares, em parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS), Caseb l, realizaram uma manifestação para alertar o bairro sobre a epidemia de dengue em que Feira de Santana, como boa parte do país, vem atravessando. Na cidade, já foram confirmadas três mortes pela doença e 30 óbitos em todo o estado.
Unindo a responsabilidade social e o interesse em colaborar com a sociedade, alunos, professores, gestores, agentes comunitários e profissionais de saúde se colocaram à disposição como verdadeiros defensores da saúde para alertar seus vizinhos, recolher lixo nas ruas e tentar conscientizar de maneira assertiva sobre a gravidade da doença na cidade.
“É importante todo mundo se conscientizar de que nós estamos em um momento epidêmico, então, precisamos conscientizar a população contra o mosquito da dengue. Nós estamos fazendo um trabalho todos os dias da semana, nós estamos fazendo salas de espera, orientando que a gente tem que ter o cuidado com o mosquito da dengue. Começa pelas nossas ações, não deixando água parada, não deixando lixo no quintal, não deixando nada que possa proliferar o mosquito”, disse Sheila Gama, enfermeira da UBS.
Segundo a enfermeira, a UBS tem registrado muitos casos de pessoas com sintomas de dengue. Segundo a Secretaria de Saúde, são mais de 50 casos em todo o bairro.
Até a fêmea do mosquito Aedes Aegypti compareceu para alertar sobre seus perigos. É ela quem transmite a doença. Geralmente, logo cedo, pela manhã e no final da tarde são os horários que ela gosta de se alimentar.
Quem também participou foi Deivison Alves Santos, eleito o Rei Momo mais jovem da Micareta 2024, com apenas 19 anos. Consciente da importância de alertar a população para que cada um colabore com a prevenção da dengue, o ex-aluno e funcionário do colégio ressaltou a relevância de promover essas ações.
“Sempre uma honra participar, ainda mais para incentivar a população. Eu acho muito importante essa caminhada e ter uma representação da Micareta nela também. Esse ano eu cheguei para quebrar os padrões”, disse.
A diretora do colégio, Sheila Torres, também reforçou a importância de mobilizar outras escolas e unidades de saúde para incentivar essas iniciativas que vão alertar ainda mais a população sobre os casos da doença.
“A gente está vendo que a dengue está crescendo muito na nossa comunidade, na nossa cidade, no nosso país. Então, é importante a gente tomar primeiro essa iniciativa para mobilizar outras escolas, outras comunidades e pensar que o mosquito da dengue pode estar sendo criado na nossa própria casa”.
Além das palavras de ordem, dos cartazes, da distribuição de informação e da presença mais que relevante dos alunos e profissionais nas ruas, a diretora pontuou o trabalho reforçado que eles realizaram observando as casas, as caixas d’águas, os pequenos focos que podem se tornar grandes vilões.
“Nosso objetivo é prevenir. Observar as casas, observar as caixas d’água, os pequenos focos que podem se tornar uma grande epidemia, como já está se tornando. Todos os alunos estão participando com a direção, com os professores, com a comunidade, com o nosso Rei Momo, com o governo do estado, com a paróquia Nossa Senhora de Fátima, com a comunidade em geral”, explicou.
O estudante do 2º ano do ensino médio, Leonardo Medeiros, explicou ao Acorda Cidade que, mesmo que eles façam a sua parte, prevenindo os focos do mosquito, é fundamental conscientizar as outras pessoas para que elas também se espelhem. Afinal, essa é uma ação que só vai funcionar se for um trabalho em conjunto.
“Conscientiza tanto a comunidade quanto a nós mesmos. Porque podemos até fazer, só que não conscientizamos os outros, não compartilhamos isso. Então, é algo que precisa ser feito e essa iniciativa da escola foi algo muito produtivo e ótimo para a responsabilidade da gente. Também estaremos ouvindo e ainda passaremos para nossas famílias, porque tem gente que não mora por aqui pelo bairro. Então, essas pessoas que estão ouvindo aqui podem conscientizar outras pessoas que estão em outros bairros”, acrescentou o aluno.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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