Feira de Santana

'Está mais do que ruim', diz José Ronaldo sobre transporte em Feira de Santana

Ainda segundo Ronaldo, o governo atual não encontrou nenhuma multa no sistema de informática da prefeitura aplicada contra as empresas que prestam o serviço, em Feira de Santana, nos últimos quatro anos.

Laiane Cruz

O prefeito José Ronaldo confirmou na manhã desta terça-feira (16), em entrevista ao Acorda Cidade que Feira de Santana terá a ampliação do sistema de mobilidade urbana, através da construção do Transporte Rápido de Ônibus (BRT). O projeto foi aprovado pela presidente Dilma Rousseff.

“Nós estamos agora fazendo a parte burocrática, parte documental, de estudos preliminares para abertura de licitação pública e contratação da empresa que deverá fazer o projeto”, afirmou José Ronaldo.

Na oportunidade, ele reconheceu a deficiência do transporte público em Feira de Santana. “O transporte público não está ruim, ele está mais do que ruim”, disparou. 

Ainda segundo Ronaldo, o governo atual não encontrou nenhuma multa no sistema de informática da prefeitura aplicada contra as empresas que prestam o serviço, nos últimos quatro anos.

Além disso, 25 ônibus que completaram mais de 10 anos de uso foram retirados de circulação. “Agora, estiveram comigo sexta-feira e disseram que chegaram à cidade 15 ônibus que não são novos; estão com quatro ou cinco anos de vida, que estão sendo pintados nas cores de Feira de Santana e me apresentaram um documento mostrando que a empresa adquiriu 20 ônibus zero que deverão ser entregues nos próximos meses e serão incorporados ao sistema de transporte”, acrescentou.

Zona Azul

Sobre o projeto da Zona Azul que prevê a reordenação da circulação de veículos no centro comercial de Feira de Santana, José Ronaldo informou que até sexta-feira será publicado o edital de licitação para contratação da empresa que vai explorar o serviço na cidade.

“Já foram resolvidas as partes burocráticas e uma nova sinalização na cidade também será publicada dentro de oito dias, no máximo”, informou.

Contratos

Sobre as dificuldades financeiras encontradas no município, como a falta de pagamento de dívidas com o governo federal, bancos e a necessidade de revisão do orçamento de alguns contratos, José Ronaldo informou que fez uma reavaliação, principalmente daqueles com valores significativos. 


Ele citou como exemplo o programa Saúde Digital cujo gasto era de mais de R$ 2. 200 milhões por ano, mas que agora teve seu valor reduzido em 50% e passou por nova licitação. Já a limpeza pública foi feita uma cotação de preço para reduzir o orçamento em 16%. A secretaria de educação também reduziu os gastos: o programa das lousas digitais teve redução de 26% no contrato, bem como a informática na secretaria que ganhou um desconto de 50%.
 
O prefeito reforçou que encontrou um município inadimplente, sem condições de assinar nada junto à Caixa Econômica Federal, ao Banco do Brasil, em Brasília e outros locais. “Então, nós fizemos uma viagem a Brasília e negociamos com o Ministério do Desenvolvimento Social a devolução de um dinheiro, parcelamos em cinco vezes, já devolvemos três”, disse.

 “Negociamos na Previdência Nacional a falta de pagamento da previdência municipal, algo em torno de R$ 5 milhões. Parcelamos isto também e estamos hoje com uma auditoria do Ministério da Previdência Social dentro da municipal, e descobrimos uma dívida no Calc com o FNDE- Fundo Nacional de Educação que também já foi resolvido via judicial”, continuou Jose Ronaldo.
 
Segundo o prefeito, após a resolução destas questões, a prefeitura voltou a assinar contratos na Caixa, provenientes de emendas de parlamentares, que permitiu à Secretaria do Planejamento e da de Gestão e Convênios licitar algumas obras que estavam paradas, a exemplo da construção de creches no bairro Conceição e Feira VII, escolas, ginásios de esportes, pavimentações de ruas, praças, postos de saúde, dentre outras em vários bairros.
 
 
 
 
 
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