Feira de Santana

Escritor feirense fala sobre lançamento do livro 'Casa Verde: Os Caminhos da Ecologia'

Em seu livro, o autor busca trazer diferentes perspectivas sobre o cuidado do meio ambiente.

Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade
Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade

Na última terça-feira (8), aconteceu o lançamento do livro “Casa Verde: Os caminhos da Ecologia, escrito pelo feirense Horácio Amorim Medrado, historiador e especialista em Gestão e Auditoria Ambiental e Direito Ambiental. O livro retrata diferentes perspectivas sobre a manutenção do meio ambiente além de recortes culturais datados do período colonial.

“O livro vem com uma perspectiva holística, do todo, pensando a questão ambiental como a nossa casa, afinal o planeta é exatamente isso. Feira de Santana é uma das partes desse planeta. Buscamos nesse livro abordar não só a questão dos recursos naturais, mas também as relações do homem em sociedade, e nessas relações do homem a gente discutiu também os aspectos econômicos e sociais. A gente parte do período colonial brasileiro, com a perspectiva histórica, já que naquele momento a metrópole retirava daqui diversos elementos da fauna e da flora e encaminhava para a Europa, mas também discutimos a relação do homem, até porque, a escravização dos indígenas e dos africanos degradaram uma espécie animal, e neste caso, o animal humano. Então discutimos as relações escravistas e os impactos ao meio ambiente. A gente discute também sobre a revolução industrial, pois, todos sabem que antes da revolução industrial, tínhamos um sistema produtivo manual e artesanal, e após ele, introduzimos o sistema industrial com todo os impactos relativos na atmosfera, nos rios,” descreveu Horácio.

Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade | Horácio Amorim e Dilton Coutinho

O especialista destacou que a produção e o trabalho são importantes, mas o grande problema não é a produção, mas a ganância introduzida no sistema produtivo.

“O sujeito, quer edificar uma empresa mas não compreende que naquele local, você tem diversas formas de vida, e quando uma empresa é edificada deve ser respeitado quem ali estar,” apontou.

A preservação é diferente da conservação ambiental, pontuou Horácio.

“A preservação do meio ambiente refere-se a natureza intocada e eu não estou falando sobre isso. No livro eu falo da utilização dos recursos, mas com equilíbrio e respeito para que as próximas gerações possam ter esses elementos,” diferenciou.

A educação ambiental é uma das propostas do livro de Horácio.

“Se o homem é aquele que degrada e destrói, ele também tem a capacidade de repensar sobre essas atitudes. O livro tem o objetivo de chamar a sociedade para repensar, para olharmos no retrovisor tudo o que foi feito. E o livro apresenta a possibilidade para fazermos as coisas diferentes, entendendo que o meio ambiente é a única casa que temos para viver, e a gente precisa ter qualidade de vida,” indicou.

No livro também é discutido sobre o conjunto de leis ambientais no Brasil.

“Temos um arcabouço legal, um dos melhores do mundo, porém o que falta são políticas que coloquem essas leis em prática. E dentro dessa mesma ação, temos a ferramenta chamada de licenciamento ambiental, qualquer empresa ao ser erguida deve ter responsabilidade ambiental, e ter conhecimento técnico sobre o local, o que será produzido, como será feito o descarte dos produtos, e a questão do lançamento nos afluentes,” citou.

Relacionamento do homem com outros animais

Sempre que uma edificação é levantada, o que está no seu entorno é atingido, conforme esmiuçou o especialista.

“No Brasil, temos o tráfico de animais silvestres que é o terceiro mais rentável do país, que tira grande parte dos nossos animais e encaminham para a Europa, no período colonial os animais já eram levados para a Europa, e ainda hoje nossos animais são conduzidos para outros países por conta da ganância; a gente tem a diversão em rinhas de galo, uma coisa absolutamente desrespeitosa, e até mesmo, a relação que temos com os animais domésticos. É preciso que a legislação defina com clareza o papel de cada um que possui um animal doméstico, e as pessoas têm que entenderem que aqueles animais fazem parte do ecossistema e têm que ser respeitados,” salientou.

Horácio afirmou que deseja seu livro chegar às escolas públicas e municipais.

“Nós vendemos 30% dos livros. As pessoas estão mantendo contato, como o Colégio Juscelino Kubitschek, a escola João Paulo já entrou em contato conosco também para fazermos uma palestra. As nossas palestras são gratuitas, fazemos por paixão. Porque, a gente precisa trabalhar uma série de situações com as nossas crianças ligadas ao contexto ambiental”, contou.

Para entrar em contato com Horácio Amorim basta acessar seu perfil no Instagram @horacio_amorim ou entrar e contato pelo número: 75 9 8180-9244.

“A página para comercialização está sendo produzida, e em breve divulgaremos o endereço eletrônico,” informou o escritor.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
2 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários