Laiane Cruz
Sala do Povo
Superintendente discute soluções para o trânsito de Feira de Santana
O Acorda Cidade convidou o superintendente municipal de trânsito, Francisco Junior, para falar sobre a situação.
Um dos motivos de reclamações dos feirenses nestes oito meses do governo José Ronaldo, o trânsito de Feira de Santana apresenta alguns problemas crônicos. Por isso, o Acorda Cidade convidou o superintendente municipal de trânsito, Francisco Junior, para falar sobre a situação e esclarecer algumas dúvidas dos ouvintes.
Acorda Cidade– A princípio, qual é o planejamento para melhorar o trânsito da cidade de Feira de Santana?
Francisco Júnior– Nós temos diversos projetos em relação ao trânsito na cidade. Percebemos que existe uma demanda reprimida muito grande. A população urge por melhorias, e a gente vem andando. Ao longo destes quatro meses, como superintendente, nós já empregamos mais agentes em escalas extras. Nos próximos dias, o prefeito vai fazer nova convocação dos agentes concursados; nós fizemos gestões de semáforos na cidade, a exemplo do aumento do tempo na Avenida Getúlio Vargas; tinha uma central de trânsito que possuía algumas deficiências e a colocamos dentro da SMT (Secretaria Municipal de trânsito), que é o Disque Trânsito; criamos um posto móvel em um trailer que fica em pontos sensíveis da nossa cidade; fizemos intervenções no complexo viário a pedido do prefeito; retiramos alguns radares sem objetivo específico, a exemplo daqueles embaixo do viaduto José Ronaldo, e os colocamos em locais com maior necessidade.
AC– Qual o motivo da redução do limite de velocidade de 60 km para 50 km em três grandes avenidas (João Durval, Fraga Maia e José Falcão) de Feira de Santana?
FJ– A redução da velocidade atinge aqueles que desrespeitam as leis do trânsito, porque aqueles condutores que têm o seu papel de cidadão, enquanto motoristas, que lembram que em determinado momento eles são pedestres também, eles têm plena consciência de que há uma melhoria. Mesmo com a faixa, e mesmo com o redutor, eu tenho relatos de pessoas que não se sentem seguras em atravessar a via. E eu lanço aqui uma proposta para que daqui a 12 meses a gente reavalie as estatísticas e veja se foi positivo ou não. O objetivo maior é a proteção da vida.
AC– Um ouvinte pergunta: qual solução a superintendência vai dar aos moradores da Ladeira do Najé, devido a tanta contramão ali naquela região?
FJ– Há um número pequeno de agentes de trânsito, e a resposta que nós temos é justamente novas convocações. Então, incorporamos seis agentes de trânsito, há algo em torno de trinta dias atrás, estamos com mais seis para se apresentarem e hoje (27) eu entrego ao prefeito uma solicitação de mais agentes. É importante que a gente coloque agentes de trânsito, elementos fiscalizadores, mas também é importante que as pessoas se eduquem.
AC– A Delegada Dorean dos Reis Soares pergunta: quando o senhor vai resolver a situação do Feiraguay e da Papa João XXIII?
FJ– Vou fazer uma observação aqui: temos um alto índice de retirada de placas da nossa cidade. A própria população retira. O próprio ‘flanelinha’ arranca a placa do local, porque não condiz com o costume dele. Temos também diversas situações onde as pessoas, mesmo com placa, não respeitam. E só vai retirar o veículo quando percebe a presença do órgão fiscalizador. Não respeita a lei por que é lei, respeita porque é punido. As pessoas falam muito em fábrica de multas, mas não vai existir multa quando houver o condutor cidadão. Agora, quem for flagrado na infração vai ser notificado.
AC– Sobre a situação da Fraga Maia.
FJ– Temos algumas vias em nossa cidade que precisam ser reestruturadas. Exemplo: Anel de Contorno com Atacadão. É como se fosse o trânsito da Índia, onde ninguém respeita nada, ninguém sabe sentido de direção. Eu sei que tem muitos problemas em nossa cidade, mas a gente não tem o poder de fazer uma intervenção, com uma varinha de condão, bater ali e acontecer na hora. A situação da Fraga Maia é absurda também. A Fraga Maia é projetada com duas vias, só que agora já existe o boom dos empreendimentos imobiliários, sem o planejamento. A gente está acompanhando isso, e a redução da velocidade passa por esse ambiente também.
AC- E sobre as filas duplas, na Senhor dos Passos e outras vias mais?
FJ– Podem ter certeza, nós temos agentes atuando na rua. Todo dia nós temos o relato de condutores que se acham no direito de ocupar um local na nossa cidade, e acha que ali ele loteou, porque ele vai falar com A, com B ou C. Mas, o código de trânsito brasileiro é claro: o veículo tem que respeitar o tempo máximo de embarque e desembarque de passageiros. Eu tive recentemente na rua Boticário Moncorvo e tinha três veículos estacionados em fila dupla, fora os caminhões. Chamei todos, anotei as placas, notifiquei e saí. Aí eles retiraram os veículos. Dez minutos depois estavam todos no mesmo lugar.
AC- Três em uma: quanto ao Marajó, como vai ficar situação, existe projeto para qualificação dos motoristas e como os pedestres vão atravessar as avenidas João Durval e Presidente Dutra com a implantação da direita livre?
FJ- No Marajó a gente tem o problema com o sumiço de placas, e a gente objetiva, se possível, até pavimentar com o asfalto justamente para fazer a pintura horizontal, porque a vertical já não está mais funcionando. Quanto ao projeto de qualificação dos motoristas, nós temos o núcleo de educação para o trânsito, onde a gente busca evoluir com as campanhas de educação para o trânsito, a gente vai montar palestras para a recapacitação de motoristas ou requalificação. Quanto aos pedestres da Presidente Dutra e da João Durval, com a implantação da direita livre, as pessoas que estão na Presidente Dutra e que não têm necessidade de ficar parado na Presidente só para adentrar a direita, elas já terão mais fluidez, terá uma via menos sobrecarregada.
AC- Sobre a sincronização dos semáforos, que foi prometida em campanha, o senhor já está fazendo isso?
FJ- Foi prometido e será cumprido, porque essa sincronização semafórica já está em via de edital. Estamos dispostos para resolver, porém devemos seguir alguns procedimentos, são ritos do serviço público.
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