Laiane Cruz
Diversas imagens mostrando as condições precárias de ruas e estradas de Feira de Santana têm chegado diariamente à redação do Acorda Cidade. As principais reivindicações de moradores de diversos bairros são a falta de pavimentação das vias, limpeza, rede de esgoto, além de muitos buracos, entulhos e lama, principalmente quando chove no município. Por isso, o secretário de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, foi convidado a participar da Sala do Povo nesta sexta-feira (4), para falar sobre esses problemas.
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Acorda Cidade- Secretário, o que observamos é que o trabalho de pavimentação e manutenção das ruas de Feira de Santana ainda está tímido. Por quê?
José Pinheiro– A timidez é em virtude do período chuvoso, que nós passamos. Então, nós retomamos essas obras ontem, principalmente a parte de recuperação de ruas, de manutenção das vias principais, patrolamento das estradas vicinais, de algumas ruas da periferia, por que as chuvas terminaram na semana passada, e nós não podíamos fazer nada.
Acorda Cidade- Sobre a estrada da Terra Dura, constantemente estão chegando aqui reclamações do distrito. O pessoal diz que não tem manutenção.
José Pinheiro– Eu não concordo. Há 15 dias eu mandei uma máquina para dar uma melhorada, porque é um corredor de tráfego importante. Quando chegamos em determinado ponto, algumas pessoas prenderam a máquina e esvaziaram os pneus. Eu tive que tirar de lá, através de seguranças, e mandamos para a região de Humildes. O que as pessoas estão querendo é a pavimentação da estrada. Elas devem discutir com o prefeito, porque é um montante alto, para ver a melhor maneira possível, e não prendendo as máquinas da prefeitura.
Acorda Cidade- E o encascalhamento de Tiquaruçú, Jacú, Candeia Grossa e Alecrim Miúdo?
José Pinheiro- Em Tiquaruçu nós começamos antes da chuva. Hoje eu estou com uma máquina fazenda Mantiba, Candeal I e II, e aí a sequência vai continuando até chegar nestes locais.
Acorda Cidade- A estrada da Matinha foi asfaltada, mas precisa passar a máquina nos corredores também.
José Pinheiro– Tem alguns corredores que não tivemos condições de fazer em virtude das chuvas, porque não adiantava eu passar a máquina e não resolver o problema. De agora em diante, com essa programação, terminou os corredores principais a gente entra nos secundários.
Acorda Cidade- Secretário o senhor tem dificuldade de equipamentos? A prefeitura está com essa deficiência?
José Pinheiro- Não só equipamentos, mas também quem manuseie. Eu estou preparando alguns operadores, que é um trabalho de paciência. E nós já fizemos uns quatro desde quando estamos na prefeitura, e estamos treinando mais dois agora, e é preciso ter habilidade pra essa coisa. Suficiente para mim hoje seria ter de 10 a 12 máquinas, a patrol, pois a retro e a pá carregadeira nós temos suficiente. Nós temos seis patrols, mas máquina dessa natureza você trabalha sempre com 80%, que de seis dá quatro. Duas sempre ficam encostadas, em manutenção e revisão. Não é o suficiente para o município, mas dá para se manter. Estamos fazendo a frota.
Acorda Cidade- E com relação à pavimentação e ao esgotamento sanitário de algumas ruas do bairro SIM?
José Pinheiro- A área de esgotamento sanitário não é de responsabilidade da prefeitura. Nós estamos sempre cobrando da Embasa. A região a que pertence a Bacia Pojuca não existe nenhum projeto, as pessoas que moram naquela região podem usar a fossa asséptica enquanto não vem essa rede. Com relação à pavimentação, nós fizemos já a maioria das ruas e está na nossa programação fazer o restante do bairro. O que nós não podemos fazer é 100% de imediato. Para você ter uma ideia, nós temos 240 obras em andamento. Nós cortamos três empresas agora porque ganharam a licitação e não estão achando mão de obra para poder tocar as obras na velocidade que nós queremos. E as demais que estão aí, vamos ter dificuldade para contratar, porque nós não temos mão de obra qualificada.
Acorda Cidade- A entrada do Subaé está uma tragédia. A Rua Excelsior, ao lado da Imperial Veículos, também?
José Pinheiro– Essa daí está com uma programação de recuperação, porque nós tivemos dois de sol só.
Acorda Cidade- O ouvinte reclama que a estrada da Candeia Grossa está mais furada que tábua de pirulito, carro quebra toda hora.
José Pinheiro- Há quinze dias nós fizemos toda a região. Fizemos da Matinha ao Jacú, de Jacú a Candeia Grossa, Candeia Grossa ao Alecrim Miúdo. Possa ter que já tenha buraco porque já teve chuva, e a manutenção é necessária.
Acorda Cidade- A limpeza dos córregos da cidade, principalmente Panorama, Parque Ipê e Avenida Canal.
José Pinheiro- Nós já fizemos vários, e continuamos a fazer. Nós estamos limpando o do Feira VI e vamos dar a sequência. Se faz a limpeza de um canal desse, com duas semanas tem que voltar porque botaram sofá, pneu, então a manutenção é complicada.
Acorda Cidade- A Rua Comendador Gomes é um dos exemplos de ruas que foram pavimentadas e em pouco tempo apareceram buracos. Por que isso acontece? Falta de manutenção ou qualidade do material?
José Pinheiro- O material é excepcional. O que houve ali foram cortes no calçamento. Houve uma necessidade de a Embasa botar esgotamento, teve um problema de instalação de água ali e a Comendador Gomes no trecho próximo ao G Barbosa sofreu muito. Então isso aí nós estamos atentos, e vamos fazer a recuperação dessa rua.
Acorda Cidade- Nós recebemos também reclamações sobre a Rua Nilo Peçanha, no Tomba, e a Presidente Café Filho, no SIM.
José Pinheiro- A Nilo Peçanha está se fazendo uma drenagem, porque ali o pessoal usa a rede de drenagem como esgotamento sanitário. O esgotamento a Embasa está terminando ali naquela região para interligar, e a drenagem da Nilo Peçanha para podermos pavimentar ela.
Acorda Cidade- Com relação à Quintas do Sol, no Alto do Papagaio, e Unaí, no Tomba?
José Pinheiro– Para o Alto do Papagaio, nós estamos mandando uma máquina ainda essa semana pra lá porque ali tem vários condomínios. Todo o Alto do Papagaio, nós estamos com uma programação porque são lugares mais populosos. E onde tem uma contração maior, nós estamos mandando primeiro.
Acorda Cidade- E no centro da cidade, tem um pedacinho da Kalilândia que não foi feito. Por quê?
José Pinheiro- Isso já está autorizado pelo prefeito. Hoje por exemplo estamos recapeando a rua Jazida, na região da Brasília, vamos recapear várias ruas como a Barão do Cotegipe e vamos continuar trabalhando também na periferia.