Entrevista

O que mais mata em Feira de Santana são os gatilhos das drogas, diz Major Amon

Ele esteve no Programa Acorda Cidade, acompanhado do Tenente Washington. Eles falaram sobre a segurança no Centro de Abastecimento, na Praça da Matriz e também sobre a Central de Monitoramento e a Feira do Rolo.

Daniela Cardoso

Para discutir sobre os problemas da segurança pública em Feira de Santana o Major Amon Pereira Gomes, responsável pelo policiamento no centro da cidade, esteve na manhã desta terça-feira (6), no programa Acorda Cidade acompanhando pelo Tenente Washington. Eles falaram sobre a segurança no Centro de Abastecimento, na Praça da Matriz e também sobre a Central de Monitoramento e a Feira do Rolo. Confira a entrevista.

Acorda CidadeQuais a providências que estão sendo tomadas para inibir a ação dos assaltantes no comércio de Feira de Santana?

Major Amon Eu solicito a todos que venham para o centro da cidade fazer suas compras e que venham em paz. Às vezes existem esses episódios, mas em cima das nossas dificuldades, temos cinco viaturas e mais seis motos para atender o centro. Temos a dificuldade, pois não temos o Policiamento Ostensivo fardado, mas isso não vai nós impedir de prestar um serviço de qualidade, podemos , por exemplo, que antigamente as saidinhas bancárias eram muito mais constantes que hoje. A Polícia Militar está presente para tentar coibir essas ações.

AC – O índice de criminalidade está alto na cidade e as pessoas estão com medo de saírem de casa. O senhor atribui isso ao que?

Major Amon Em primeiro lugar a educação doméstica. Falha de pai e mãe que devem estar presentes educando seus filhos e não apenas deixando para os professores. Atualmente estamos desenvolvendo um programa nas escolas que se chama Proerd, porque o que se mata mais em Feira de Santana são os gatilhos das drogas e esse programa está indo as escolas e ensinando as crianças a dizer não a experimentar drogas.

AC- Porque os jovens estão cada vez mais envolvidos com as drogas?

Major Amon Eu tive uma passagem em Juazeiro, onde comandei uma companhia e vi que quando a polícia se aproximava dos focos onde existe a comercialização das drogas, as pessoas migravam do local, porque a PM estava presente. realizamos um trabalho educativo. Eu acho que a repreensão deve acontecer quando não mais condições de recuperar aquela situação.

AC – Existe algum projeto para acabar com Feira do Rolo?

Major Amon Desde quando eu cheguei aqui eu ando com as mangas do meu fardamento arregaçadas. Fizemos duas operações e como o Tenente Washington, esteve comigo nessa operação eu passo a palavra para ele.

Tenente Washington – O problema da Feira do Rolo acontece desde quando eu ainda era criança e nós sabemos que ali é um local de comércio, onde prevalece a ilegalidade. Muitos dos produtos comercializados naquele local são alvos de ações delituosas. fizemos uma operação em conjunto com a Secretaria de Prevenção a Violência e Promoção dos Direitos Humanos, onde nós apreendemos cerca de 90% do material que ali estava sendo comercializado. Agora, para o término da Feira do Rolo não demanda apenas uma ação pontual da Policia Militar e sim uma ação conjunta dos órgãos, principalmente da esfera municipal, que é a quem compete ordenar o uso do solo urbano.

AC – Ultimamente diminuiu o número de reclamações de arbitrariedade da Polícia Militar. E na corregedoria?

Tenente Washington – Falando especificamente da 64º CPM que conta com o efetivo de 237 policiais militares, atualmente temos aberto dois procedimentos.

AC – O que vai ser feito para melhorar a segurança no Centro de Abastecimento?

Major Amon Nós conseguimos concretizar dois encontros. Em um deles compareceu apenas um comerciante, então nós estamos querendo organizar o terceiro, pois ali existem cerca de 4 mil pessoas que vivem daquele trabalho. Eu acho ali um local difícil de prestar um serviço de qualidade, pois existem mais de 20 passagens que dão acesso. O ideal é que tivesse uma única entrada e uma única saída. tem um módulo policial que ainda funciona, mas que precisa ser melhorado.

AC – Qual é a avaliação que o senhor faz sobre a Central de Monitoramento?

Major Amon Nesses 23 anos que eu moro aqui em Feira de Santana, a Polícia Militar foi agraciada por duas vezes. Uma delas foi com o saudoso prefeito Colbert Martins, quando recebemos as motos que foi de grande utilidade e hoje eu vejo o Prefeito Tarcízio Pimenta buscando essa parceria. O monitoramento é importantíssimo para a cidade.

AC – O Feiraguai também será monitorado?

Major Amon – A área do Feiraguai não é mais a minha região.

AC – Quais as dicas para quem vai fazer compras no centro da cidade neste fim de ano?

Major Amon Quando as pessoas forem ao banco efetuar saques, caso seja uma quantia grande, que o banco propicie um espaço fechado para que de uma forma discreta, a pessoa possa guardar o dinheiro. Nós dividimos a cidade em quatro setores e tem viaturas em lugares estratégicos para atender a quem necessite. As pessoas devem ser mais discretas na condução de valores.

AC – E sobre a violência na Praça da Matriz?

Tenente Washington – O problema das drogas não se restringe apenas a Praça da Matriz, mas a toda cidade. Nós realizamos diariamente operações naquela localidade, mas infelizmente não podemos ficar 24 horas por dia naquele espaço, divido a demanda que é muito elevada.

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