Daniela Cardoso
Entrevista
Consultor diz que Feiraguay tem o metro quadrado mais caro de Feira de Santana
O consultor imobiliário e diretor da Nóbel Imóveis ainda falou sobre a valorização dos imóveis na cidade
O consultor imobiliário e diretor da Nóbel Imóveis em Feira de Santana, Humberto Mascarenhas, esteve na manhã desta quinta-feira (29) no programa Acorda Cidade, onde falou sobre as análises e tendências do mercado imobiliário na cidade. De acordo com ele, o mercado enfrenta um momento especial devido ao Programa Minha Casa, Minha Vida que impulsionou a economia brasileira e que permitiu que o Brasil, nos últimos anos, tivesse um crescimento no seu PIB, que é a soma dos bens e serviços. Humberto ressaltou que a perspectiva é de continuidade do crescimento e que muitos estrangeiros têm apostado no Brasil para investir.
O consultor ainda falou sobre a valorização dos imóveis em Feira de Santana e sobre o valor do metro quadrado em alguns locais da cidade, sendo o Feiraguay o mais caro dentre os citados. Veja abaixo a entrevista.
Acorda Cidade – Está tendo oferta. Mesmo assim os imóveis vão se valorizar?
Humberto Mascarenhas – Ainda há uma demanda muito grande e cabe ao comprador de imóveis procurar um consultor especializado e vê qual é a melhor tendência. Em todos os investimentos existe um fator risco e a função de um consultor é minimizar esses riscos e maximizar os ganhos. A pessoa deve procurar alguém de sua confiança e que tenha conhecimento de mercado.
AC – O entorno do Porto Seco, que está vindo para Feira de Santana, pode se tornar um bom investimento?
Humberto – O Porto Seco é um condomínio de galpões industriais. No Brasil já existem 63 e Feira de Santana não foi escolhida a toa. A nossa cidade é o maior entroncamento rodoviário do norte/nordeste, cortado por sete rodovias, três federais e quatro estaduais, então foi escolhida estrategicamente. Com certeza o Porto Seco é um empreendimento que já está valorizando a região.
AC – É o governo que vai construir o Porto Seco?
Humberto – Não. O Porto Seco é um empreendimento privado. Vai ser o primeiro condomínio fechado industrial e será entregue somente a área. Cada adquirente vai construir da sua maneira.
AC – Na sua avaliação ainda tem demanda para o Minha Casa, Minha vida?
Humberto – Com certeza. O déficit habitacional no Brasil ainda é muito grande. O imóvel está valorizando tanto, porque a demanda ficou reprimida durante muito tempo.
AC – Nós não corremos o risco de um grande calote, uma bolha, no setor imobiliário, como ocorreu nos Estados Unidos?
Humberto – A bolha imobiliária é quando os imóveis começam a se supervalorizar acima do real. Com isso chega a um momento em que a demanda acaba e aquela supervalorização faz com que os imóveis tenham uma redução de preços. Mas não corremos esse risco. O principal motivo é devido ao mercado de financiamentos de imóveis. Os bancos no Brasil trabalham diferente da forma como atuavam nos estados unidos. No Brasil eles têm um cuidado grande na hora da liberação do crédito. É muito seguro o sistema financeiro de habitação brasileiro.
AC – O que levou a essa supervalorização dos imóveis em Feira de Santana?
Humberto – Feira de Santana recebe muitas pessoas de fora e é uma das cidades que mais crescem na Bahia. Existe essa tendência de supervalorização, pelo seu crescimento independente do mercado imobiliário.
AC – Qual é o metro quadrado mais caro de Feira de Santana?
Humberto – É o Feiraguay, que é o maior entreposto comercial de produtos importados hoje da Bahia, então o seu metro quadrado gira em torno de 10 a 15 mil reais.
AC – Os chineses são responsáveis por essa supervalorização?
Humberto – Não. Na verdade a participação dos chineses é porque a maioria dos produtos vendidos no Paraguai são da China.
AC – Fora do Feiraguay qual o metro quadrado mais caro de Feira?
Humberto – É a avenida Senhor dos Passos, que corresponde do Nordestino até a prefeitura.
AC – E porque da prefeitura para cima não valoriza?
Humberto – Não é que não valoriza. Na verdade existe a valorização, mas não na mesma proporção, porque o grande volume de pessoas estão no trecho entre a praça do Nordestino até a prefeitura. As grandes empresas que vem para Feira de Santana se instalam nesse trecho, que o valor do metro quadrado chega a 10 mil reais.
AC – Com o asfalto na Nóide Cerqueira, como fica a situação do local?
Humberto – A Nóide Cerqueira está em ampla valorização. Próximo ao Spazzio está em torno de 2 mil reais o metro quadrado.
AC – Na zona rural, qual é a área mais cara?
Humberto – A Matinha por ser o distrito mais próximo da cidade, está valorizado. Na entrada da Matinha o pessoal está cobrando um valor alto. Mas, como se trata de zona rural não tratamos como metro quadrado e sim como tarefa, que está custando em torno de 100 mil reais, na região próximo a BR 116.
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