Seminário Internacional

Entidade fará plano de mobilidade urbana para Feira de Santana

O seminário buscou discutir a articulação de um plano de mobilidade urbana para Feira e cidades da Região Metropolitana.

Laiane Cruz

Foi realizado nesta terça-feira (21), no teatro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Feira de Santana, o Seminário Internacional de Mobilidade Urbana Sustentável. O evento foi promovido pela Pirelli, através do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável.

O seminário buscou discutir a articulação de um plano de mobilidade urbana para Feira e cidades da Região Metropolitana. Feira é a segunda cidade contemplada com o projeto, que está sendo executado também em Campinas, em São Paulo.

O diretor da unidade da Pirelli em Feira de Santana, Edilson Conceição, informou que o projeto levará entre um e dois anos para ser elaborado e deverá apresentar propostas para utilização de ciclovias, transporte público, e uma melhor convivência com o trânsito.

“É um estudo que nós queremos proporcionar para a cidade de Feira de Santana, através de uma ONG que desenvolve projetos de melhoria da mobilidade urbana sustentável. Esse mesmo projeto, com apoio da fábrica da Pirelli, já foi desenvolvido na prefeitura de Campinas, que já está desenvolvendo as ações propostas. Esse é um estudo que demora entre um e dois anos para ser desenvolvido, depois cabe à municipalidade desenvolver as ações. Esse mesmo projeto já foi desenvolvido em oito cidades no mundo, como Bangcoc, cidades da China, em Portugal, em Campinas e estamos trazendo para Feira de Santana”, informou.

O assessor executivo da Secretaria de Transportes de Campinas, Noemir Zanata, destacou que o projeto é amplo e começou há dois anos na cidade com o apoio da entidade que promove o seminário, todo o corpo técnico da secretaria e a Endec, uma empresa de economia mista que gere o transporte e o trânsito do município paulista.

“A gente desenvolveu uma série de projetos relativos à mobilidade. O mais evidente projeto da administração atual é o projeto do BRT. São três corredores de BRT que totalizam quase 37 quilômetros e irá transportar 36 mil pessoas por dia. Campinas tem cerca de 1 milhão e 200 mil habitantes. O BRT vai atender a cerca de 200 mil pessoas. O orçamento para esse projeto é de R$ 451 milhões, sendo uma parte deles verba do orçamento geral da União a fundo perdido, outra parte é financiada pela Caixa Econômica Federal e uma terceira parte menor é com recursos do próprio município”, detalhou Noemir Zanatta.

O assessor falou ainda sobre como funciona o trânsito em Campinas. “Lá tem toda uma estrutura de apoio à operação do trânsito. Existe um sistema de monitoramento, através de câmeras, que localizadas em pontos estratégicos, determinam os pontos de congestionamento, acidentes, entre outras coisas, e são operadas por agentes de mobilidade da cidade, que são cerca de 70 operando na cidade”.

O prefeito José Ronaldo de Carvalho salientou as ações do governo municipal na área de mobilidade urbana em Feira de Santana, a exemplo da construção de viadutos, cujo empréstimo deverá ser quitado em fevereiro de 2018.

“As últimas administrações investiram muito nessa área. Por outro lado, essa empresa Pirelli tem investido nessas questões e proporcionou esse seminário e os estudos que serão feitos a partir de agora em algumas cidades do mundo, como Feira de Santana. A partir de agora, a empresa contratada pela Pirelli vai fazer os estudos, as pesquisas em Feira e região. Isso é uma grande conquista, um grande avanço”.

O especialista em mobilidade urbana Ricardo Corrêa, que também participou do evento, lembrou que a cidade tem que ser pensada junto com as pessoas e os gestores públicos. Segundo ele, cada território tem a sua potencialidade.

“É importante buscar a identidade de cada cidade pra se ter a sustentabilidade ambiental correta. O processo foi iniciado através desse debate e teve diferentes visões sendo apresentadas aqui, como visões européias, latinas, ou mais tradicionais, para que as pessoas vejam que tem diferença entre essas questões. Há a questão da mobilidade por bicicleta ou pé, mas é preciso conversar com as pessoas, vivenciar a cidade, pois pode ser que o carro seja muito importante. Ter o carro não é o problema, e sim como essa cidade é planejada é que é o problema”, ressaltou o especialista.

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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