Crise

Empresas de ônibus vão demitir 293 rodoviários em Feira de Santana, informa sindicato

Segundo Nery, se não for encontrada uma alternativa para que possa suspender as demissões, os rodoviários podem parar as atividades por tempo indeterminado.

Daniela Cardoso

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, Alberto Nery, informou ao Acorda Cidade que foi surpreendido ontem (3) com uma ligação de um dos proprietários das empresas Rosa e São João dizendo que as duas empresas estariam demitindo 293 funcionários.

Atualmente, devido a algumas medidas para conter a proliferação do coronavírus, a frota de ônibus foi reduzida na cidade e está operando com 50%. De acordo com Alberto Nery, os proprietários justificam a demissão com a alegação de que não estão faturando o satisfatório para o pagamento da folha e outras despesas.

“O que a gente ver nos meios de comunicação é que os ônibus estão andando lotados e mesmo assim eles dizem que não tem dinheiro para pagar. Da nossa parte não tem concordância e vamos tomar as medidas possíveis para a continuidade do emprego dos nossos colegas. Até aqui temos sido parceiros com a empresa, aderimos a medida que permitiu as empresas anteciparem as férias dos trabalhadores e o terço das férias só será pago em dezembro, também aderimos a medida que permite que a empresa pague apenas 30% do salário e o governo federal vai pagar 70% de complemento, então fizemos tudo que foi possível no sentido de que a empresa possa continuar operando sem demissões”, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade.

O presidente do sindicato informou ainda que ligou para prefeito Colbert Martins para falar sobre a dificuldade que estava ocorrendo no pagamento da folha do dia 20 e que o prefeito contribuiu para que pudesse pagar, mas que agora os rodoviários foram surpreendidos com esse comunicado de demissão.

Para tentar resolver o problema, Nery disse ao Acorda Cidade que está entrando com um pedido de liminar para que sejam suspensas as demissões na Justiça do Trabalho e que vai comunicar ao prefeito e ao Ministério Público do Trabalho. Segundo ele, se não for encontrada uma alternativa para que possa suspender as demissões, os rodoviários podem parar as atividades por tempo indeterminado.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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