O presidente do Consórcio Portal do Sertão, Elias Tergilene, que administra o Shopping Popular Cidade das Compras, em Feira de Santana, cobrou do governo municipal a finalização das obras de revitalização da antiga Praça do Tropeiro e do entorno do Centro do Centro de Abastecimento.
De acordo com o empresário, a falta de investimentos na área onde está instalado o Shopping Popular é um dos fatores que tem prejudicado o empreendimento, que possui atualmente 1.560 boxes, porém apenas 100 estão em funcionamento.
“Estamos no Centro de Abastecimento, onde era um lugar de prostituição, tráfico de drogas, criminalidade, e o entorno é muito feio, e isso enfeia o Shopping Popular. Então não adianta eu encerar o chão todo dia e os carrinhos de mão pingarem sangue de carne do mercado no meu piso. Eles entram todos por aqui, então nós temos uma interferência do entorno que nos atrapalha muito, e se a gente revitalizar todo esse entorno aqui, então o Shopping Popular vai ter outra aparência, como terminar a obra da Praça do Tropeiro. Semana passada eu estava vendo vídeos de que choveu e alagou tudo aqui na nossa porta, isso aí tem que estar havendo uma revitalização do centro, e acho que vamos ter uma situação muito melhor”, declarou Elias Tergilene.
Apesar das dificuldades de acessibilidade ao empreendimento, o empresário acredita que os lojistas do Shopping farão boas vendas neste final de ano.
“O Shopping Popular no final do ano vem apresentando um crescimento gradual todo ano desde o dia em que abriu. O país inteiro vem retomando, e a gente vê isso em São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Rio de Janeiro, em Pernambuco estão vendendo muito bem, e um dos maiores compradores é a Bahia, então o setor de confecções lá está aquecido, que a gente tem shopping lá também. Então as perspectivas são boas, eu acho que vai ser um bom Natal, nada de extravagância, porque as pessoas estão saindo de uma crise, tivemos eleições agora e todo mundo tem medo, mas eu tenho boas expectativas”, observou.
Camelôs
Acerca do impasse envolvendo os camelôs que possuem boxes no Shopping Popular, o empresário criticou a prefeitura por continuar subsidiando os condomínios destes permissionários. Ele afirmou ainda que em breve irá criar áreas sociais dentro do empreendimento para aqueles que não têm condições de pagar as taxas.
“O Shopping emplacou. Nós temos é 20 camelôs, cujos boxes estão abarrotados de mercadorias e sempre falam que não vendem. Eles vão continuar sem vender eternamente, a vida deles vai ser reclamar que não vendem para que a prefeitura continue subsidiando. Hoje a gente tem aproximadamente 100 lojistas, e só metade é camelô. A prefeitura vem subsidiando o condomínio deles. Agora resta perguntar à população até quando, porque não existe dinheiro público, existe o dinheiro das pessoas. Vão querer continuar bancando?”, questionou.
Na avaliação dele, aqueles que não estão conseguindo vender deveriam ocupar espaços menores, com um custo de R$ 40 o metro quadrado, e destacou que a obra do Shopping Popular está pronta.
“A gente tem que desmistificar esse negócio de que camelô não tem dinheiro e começar a reduzir o espaço de quem não está conseguindo vender. Não é problema ele ocupar um espaço de um metro quadrado e pagar só 40 reais. O problema é que eles querem ocupar um espaço de cinco metros e não pagar nada. Vamos até publicar já algumas regras, que as pessoas que não estão conseguindo pagar, vamos criar as chamadas áreas sociais, onde o espaço é reduzido, e vamos resolver esse problema. Temos 1.560 boxes. A obra do Shopping Popular foi concluída e não há nada que impeça os permissionários de trabalhar. Há boxes com energia elétrica, sistema de incêndio. Agora a escada rolante só vai funcionar quando tiver o movimento lá em cima. Temos dois elevadores comprados e vamos instalar também quando tiver mais movimento. Quem vai a São Paulo e visita o shopping popular no Brás vê a mesma arquitetura e material que tem esse aqui, com o mesmo piso, Box, iluminação, então os padrões construtivos foram feitos igual a São Paulo, no Brás. Então essa falácia de que o shopping não está pronto não é verdade”, declarou Tergilene.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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