Acorda Cidade
Inconformado com a morte de gatos no bairro SIM, o empresário José da Costa Falcão Jr denuncia o ocorrido. Segundo ele, indícios levam a crer que os animais foram envenenados. Em contato com o Acorda Cidade, ele apela para providências do Ministério público e apela para as pessoas não praticarem maldade contra os bichos.
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“Eu alimento em torno de 10, 12 gatos e na terça passada os animais começaram a morrer na Rua Café Filho agonizando. Achamos um plástico com um veneno para matar ratos, chumbinho. Todos os gatos aqui rua foram mortos, eles eram animais dóceis e que não fazia mal a ninguém. Estou fazendo esse relato para que isso não ocorra mais. O ser humano que fez isso tem que pagar, não pode ficar na impunidade. Gostaria que o Ministério Público tomasse uma posição e viesse ver o que está acontecendo aqui”, afirmou.
Juliana Nascimento, vice-presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Feira de Santana, afirma que envenenamento de animais é crime e deve ser registrado em delegacia, para que as providências sejam tomadas.
“Pelo relato do empresário, é uma situação de animais comunitários, que é uma realidade hoje no Brasil, inclusive em alguns estados, como, por exemplo, no Rio de Janeiro, que já existe a proteção por meio de legislação. Esses animais comunitários são aqueles que vivem em determinada localidade, mas que não está na casa de ninguém e as pessoas da localidade alimentam, dão remédio e cuidam. Essa situação de envenenamento é um crime, existe uma lei ambiental e oriento que a pessoa vá a delegacia e registre uma ocorrência, pois é um crime e como tal deve ser apurado. Vale lembrar que o chumbinho é um produto ilegal, ele não é registrado na Anvisa e são vendidos ilegalmente, então é uma irregularidade comprar e vender chumbinho”, destacou.
Juliana diz ainda que se os moradores tiverem alguma suspeita, devem reunir o máximo de provas, inclusive, levar o animal ao veterinário para fazer uma perícia e saber se realmente os animais foram envenenados. Ela ressalta que os moradores devem coletar o máximo de dados possíveis para uma possível ação penal contra a pessoa que está cometendo os atos criminosos contra os animais.