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Por meio de nota divulgada na tarde deste domingo (22), a empresa Rosa, do transporte coletivo urbano de Feira de Santana, respondeu sobre a retirada de ônibus e sobre a greve dos rodoviários, que possivelmente será deflagrada nesta segunda-feira (23). Declarou que não tem condições de aumentar custo de pessoal (reajuste salarial), uma vez que a perda de receita foi de mais de 70%. Confira na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Empresa Rosa esclarece que a retirada dos ônibus de circulação que prestavam atendimento à comunidade feirense, neste domingo, 22, e recolhidos posteriormente à garagem, foi de iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintrafs).
Todavia é importante destacar que a frota operacional ativa e também a reserva estão mantidas no município: são 64 ônibus e micro-ônibus, e mais 8 veículos reservas que suprem, satisfatoriamente, a atual demanda de passageiros mediante ordens de serviço da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito. Vale ressaltar que esta quantidade de ônibus reservas é superior a 10%, conforme determina edital do poder público.
Mais uma vez, em respeito à comunidade feirense, salientamos que a deflagração da greve se dá em razão da falta de consenso mediante a Pauta de Reivindicações da Categoria dos Rodoviários no tocante ao aumento de salário.
As receitas do sistema de transporte da cidade despencaram mais de 70% e, por isso, não há condições de realizar reajuste salarial neste período de crise sanitária enfrentada no mundo.
Outro fator agravante é a tarifa de remuneração da Empresa Rosa estar defasada, há vários anos, pela ausência de revisão da Prefeitura de Feira, medida a qual torna-se urgente e necessária.
O serviço essencial de transporte público é de competência do Município e o poder público manteve-se inerte nesta pandemia, vide que não conseguiu ajustar o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão, inviabilizando as nossas receitas para custear o serviço que vem sendo ofertado à população da cidade.
O contrato de concessão continua totalmente desequilibrado economicamente, notícia pública e notória de anos, e não temos receitas para aumentar custo de pessoal.
Enquanto o Município de Feira de Santana não restabelecer o equilíbrio econômico financeiro do contrato, não teremos condições de acatar o pleito da categoria.
Notadamente, cabe ao poder público municipal apurar os custos do serviço e revisar nossas receitas para que possamos, de forma justa, pagar nossos fornecedores e colaboradores.
Feira de Santana, 22 de agosto de 2021.
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