Feira de Santana

Em visita a Feira de Santana, Arcebispo de João Pessoa fala sobre retomada da igreja e socorro aos mais pobres na pandemia

Para o arcebispo de João Pessoa, a retomada das atividades econômicas é necessária, pois os reflexos da recessão provocada pela pandemia já é sentida por todos os brasileiros.

Laiane Cruz

Em visita a Feira de Santana, nesta segunda-feira (11), o Arcebispo de João Pessoa, na Paraíba, e ex-superintendente da Rádio Sociedade de Feira, Dom Manoel Pedreira da Cruz, “Dom Delson”, falou sobre a retomada gradual das atividades da igreja católica e as dificuldades enfrentadas durante o período de pandemia para socorrer os mais pobres.

Natural de Biritinga, na região oeste da Bahia, Dom Delson iniciou a vida religiosa em Feira de Santana, quando em 1960 foi ordenado sacerdote e, em 2006, recebeu sua ordenação episcopal.

Em entrevista ao Programa da Manhã, de Tanúrio Brito na Rádio Sociadade FM, Dom Delson informou que a retomada presencial dos fiéis nas cerimônias de João Pessoa, está acontecendo com muitos cuidados para proteger a saúde das pessoas.

“A gente segue também as orientações das autoridades de saúde e o retorno tem sido gradativo. Começamos com 30% e já estamos com 50%. Esperando mais adiante que a gente realmente tenha o retorno de 100%, sempre com as precauções, com uso de máscaras e mantendo o distanciamento. Com a vacinação chegando a mais de 70%, a gente já tem mais tranquilidade para realizar as atividades da igreja. Desde agosto que retomei as atividades de crismas, com grupos menores, e celebrações de festas de padroeiros, sempre mantendo os critérios do governo do estado e do município de João Pessoa”, explicou Dom Delson.

Foto: Irmão Jefferson | Tanúrio Brito e Dom Delson

Durante o bate-papo, ele destacou que a pandemia não terminou e é preciso manter a vigilância, porque a saúde vem em primeiro lugar. Também falou sobre os desafios enfrentados pela igreja desde que iniciou a pandemia de covid-19. Com o aumento do desemprego e a fome, a igreja mesmo diante das dificuldades econômicas, buscou se mobilizar e socorrer os necessitados.

“As atividades da igreja nesse tempo, com todas as dificuldades também, foi de socorrer as pessoas que estavam desempregadas, sem ter condições de comprar alimentos. Foram muitas campanhas de distribuição de alimentos e cestas básicas e continuamos assim, com refeitórios, preparando alimentação. A arquidiocese fornece através da ação social, diariamente, mais de 4 mil refeições. E muitas paróquias distribuem cestas básicas toda semana para aquelas famílias mais carentes e isso tem aliviado um pouco aquelas pessoas que estão numa situação muito grave, muito séria”, lamentou.

Para o arcebispo de João Pessoa, a retomada das atividades econômicas é necessária, pois os reflexos da recessão provocada pela pandemia já é sentida por todos os brasileiros.

“Já são quase dois anos com a economia freada, descendo, e as consequências nós estamos sentindo agora, com a alta dos preços de tudo, combustível, energia elétrica, as empresas passando dificuldades. Há necessidade do retorno econômico. E também o desemprego aumentou muito e a fome, que é a coisa pior que o ser humano pode enfrentar”, observou. 

Leia também: Dom Delson é o novo arcebispo da PB; vida sacerdotal teve início em Feira de Santana

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