Gabriel Gonçalves
Sem trabalhar e sobrevivendo apenas com o Auxílio Emergencial disponibilizado pelo Governo Federal, a dona de casa Ana Tércia Alves dos Santos, de 44 anos, é moradora da rua Antônio Carlos Borges Júnior, no Conjunto José Ronaldo, em Feira de Santana.
Foto: Arquivo Pessoal
Atualmente convivendo com mais cinco filhos, Ana Tércia busca ajuda para manter a alimentação de todos dentro da residência. Durante este período de frio e chuva, além do alimento que falta na dispensa da cozinha, faltam também roupas de frio para passar o inverno.
Foto: Arquivo Pessoal
Em entrevista ao Acorda Cidade, Ana Tércia informou que, ultimamente, está vivendo com doações de vizinhos e conhecidos, além dos auxílios financeiros.
"Aqui moram seis pessoas, sou eu e mais cinco filhos, quatro meninos e uma menina. A única renda que eu tenho é justamente o Bolsa Família, o Auxílio Emergencial que estou recebendo. Infelizmente não sou alfabetizada, faço faxina, mas nesse período de pandemia, as pessoas pararam de procurar meus serviços, mas graças a Deus, teve uma pessoa que me indicou e estou limpando uma igreja aqui do bairro e graças a Deus estão me ajudando com cestas básicas", afirmou.
Foto: Arquivo Pessoal
Além de conviver com essas dificuldades, Ana Tércia junto com seus cinco filhos vivem um drama ocasionado pela chuva e pela rede de esgoto da rua. A água invade a área interna da casa, gerando assim proliferação de mosquitos. Por conta disso, um dos filhos de Ana Tércia está com problemas de saúde na perna esquerda, apresentando ferimentos.
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Foto: Arquivo Pessoal
"Eu já resido aqui há 12 anos. Essa casa é própria, foi minha mãe que me deu. Hoje ela não está mais no meio de nós e a água que vem da rua fica totalmente empoçada aqui justamente porque não tem uma rede de esgoto. Quando os carros passam aí, a água invade aqui dentro. Há poucos instantes mesmo, eu estava chorando de alegria porque ganhamos um edredom, ganhamos alimentos e fico muito feliz com estas ações, porque eu sempre digo que a recompensa vem de Deus. Com relação a um dos meus filhos, ele tem alergia aos mosquitos e a perna fica dessa forma, cheia de ferimentos, e eu não tenho condições de sempre estar comprando medicação", lamentou.
Foto: Arquivo Pessoal
De acordo com Ana Tércia, a grande umidade na parede está prejudicando a estrutura da casa. Segundo ela, a área que não tem cobertura fica com a água da chuva empoçada, acumulada no canto da parede.
"Como essa parte não tem cobertura, quando chove fica assim. Eu fico tentando tirar com o balde, com a vassoura, mas está desse jeito. Hoje estou aqui justamente porque preciso. Eu espero que Deus possa tocar no coração de alguém, de algum empresário que possa nos ajudar, porque eu sou mãe solteira, me esforcei bastante para dar um conforto aos meus filhos e olha só como está a situação da nossa casa, fica toda molhada devido à água da chuva", concluiu.
Quem desejar ajudar financeiramente ou com doações pode entrar em contato com a dona de casa através do número (75) 98138-3457.
Com informações da produtora Maylla Nunes do Acorda Cidade
