Rachel Pinto
Comerciantes que trabalham no Shopping Popular, Cidade das Compras em Feira de Santana realizaram mais uma manifestação nesta sexta-feira (22) em frente à prefeitura para chamar atenção para os problemas do local e buscar um diálogo com a gestão municipal.
Eles reclamam das taxas cobradas no empreendimento, questões de estrutura do local e principalmente sobre a falta de movimento e de clientes. Relatam que não conseguem vender seus produtos e por esse motivo não têm como honrar os seus compromissos.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
A comerciante Luzia dos Santos Silva levou algumas bonecas e almofadas para vender no centro da cidade e contou que algumas destas mercadorias que ela vende normalmente por R$35, está passando por R$25, sem lucrar praticamente nada, pois precisa levantar dinheiro para comer e suprir suas necessidades.
“Estamos aqui em busca de resposta para a nossa condição de trabalho. Não temos hora para terminar a manifestação e nossa intenção é seguir o movimento por dias até que tenhamos uma resposta. O secretário nos deu a esperança de uma resposta na próxima quinta-feira, porém, nós já tivemos essa situação por muitas outras vezes.
Segundo a comerciante, na próxima semana começam a chegar os boletos de cobrança das taxas e se um boleto de aluguel ficar atrasado por 19 dias já é emitida a ordem de despejo do boxe.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Eunice de Jesus Brito também trabalha no Shopping Popular e comentou que não aguenta mais enfrentar tantas dificuldades para sobreviver a partir das vendas do local.
“Queremos uma resposta. Têm várias pessoas passando fome, colegas até surtando, passando necessidade. Estamos aguardando o prefeito resolver essa situação”, declarou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
O Acorda Cidade entrou em contato com a prefeitura e administração do empreendimento e aguarda retorno.
No site da prefeitura foi publica a seguite nota:
Nota Oficial: Manifestações querem Feira retrocedendo no tempo
Manifestações pela permanência de feirantes no centro da cidade, sob o pretexto de “manter uma tradição” que chegou ao fim há quase 50 anos com a construção do Centro de Abastecimento; manifestação para manter o centro favelizado, incoerente com o desenvolvimento da cidade e o respeito à mobilidade urbana, contrariando inclusive recomendação do Ministério Público; manifestação contra o emprego da tecnologia no ordenamento e fiscalização do trânsito.
São essas as razões alegadas nas manifestações que se sucedem, “lutando” por uma Feira de Santana que retroceda 50 anos no tempo e que não avance para a modernidade. O Governo Municipal entende que essas razões não se justificam, não têm cabimento, são incoerentes num município que se destaca no Nordeste pelo seu desenvolvimento.
Estão mais do que evidentes, portanto, que os protestos são estimulados pelos opositores, principalmente o PSOL e o PT, que insistem em não aceitar o resultado democrático e soberano das eleições 2020. Isto fica muito claro com a participação nas manifestações de políticos da oposição, o que torna indiscutível que tudo não passa de política-partidária contra o Governo Municipal.
Com informações do repórter Paulo José de Acorda Cidade