Veja detalhes do depoimento

Dona de carro que invadiu bar na São Domingos confessou ter ingerido bebida alcóolica

Ela também alegou estar passando por problemas psicológicos e fez uso de bebida alcoólica. Mais de 10 pessoas foram intimadas a prestar depoimento.

Andrea Trindade

Prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (14), na 1ª Delegacia Territorial (DT), localizada no Complexo Policial Investigador Bandeira, em Feira de Santana, a proprietária do veículo que invadiu um bar da Rua São Domingos, na noite do último sábado (12).

O fato ocorreu por volta das 21h50, quando ela deu marcha ré no veículo e atropelou várias pessoas que estavam sentadas na área externa do bar, que ficou destruída. Duas pessoas foram socorridas para um hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O acidente foi flagrado por câmeras de segurança (Assista ao vídeo no final da matéria).

Foto: Reprodução

A mulher disse durante depoimento à delegada Ludmila Vilas Boas e Santos, que estava com problemas psicológicos em razão da perda de um filho. Disse ainda que fez uso de bebida alcoólica e que não tinha experiência com veículo automático.

“Ela foi ouvida e de fato confessou que estava na direção do veículo no momento do acidente. Confessou também ter consumido bebidas alcóolicas, não sabendo precisar a quantidade, e afirmou que estava com problemas psicológicos, uma vez que, segundo ela, teria perdido um filho há cerca de dois meses. Então, por insistência dos amigos ela saiu de casa, foi ao bar, e como não se sentia bem, segundo ela, resolveu ir embora, mas os amigos continuaram insistindo para que ela ficasse. Ela disse que no momento em que conversava com a amiga, ligou o veículo, não se atentando para a posição que o carro se encontrava e, segundo ela, perdeu o controle do carro. Ela disse ainda que não possuía experiência em veículos automáticos. Esse veículo teria sido adquirido por ela há cerca de três ou quatro meses”, informou a delegada ao Acorda Cidade.

Delegada Ludmila Vilas Boas | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A versão de que o atropelamento teve motivo passional, que ela teria visto alguém com quem ela teria tido um relacionamento no passado foi negada.

A delegada informou que o fato de ela ter ingerido bebida alcóolica é um agravante.

"Segundo ela, essa versão não procede. Ela não teria encontrado nenhuma pessoa de relacionamento anterior, mas sim, que ela realmente se sentiu mal, porque não estava à vontade em razão da perda recente de um filho, e que, por descuido, por não prestar atenção na situação em que o carro se encontrava, por usar o veículo muito pouco, acabou se envolvendo neste acidente. O agravante da situação é que ela estava sob efeito de bebidas alcóolicas”, afirmou.

Carro foi retirado no dia seguinte

Sobre a retirada do carro, a mulher relatou à delegada que foi ao bar no dia seguinte, por volta das 6h30 e retirou o veículo com um guincho. Em seguida, levou o carro para uma borracharia, onde foi posteriormente localizado e apreendido.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Sobre os prejuízos e vítimas

A delegada, que ouviu duas vítimas do acidente, além da motorista, informou ao Acorda Cidade que cerca de 10 a 15 pessoas foram intimadas para prestar depoimento, e que há outras que não foram localizadas, mas que podem colaborar com a investigação.

Ela ressaltou o pedido para que as vítimas e testemunhas compareçam à delegacia para prestar esclarecimentos, e disse que a mulher poderá ter que ressarcir os prejuízos do dono do bar e até mesmo poderá responder criminalmente.

“É importante salientar que apenas duas pessoas estiveram na delegacia para prestar depoimento na data de hoje (14). Nós contamos que as vítimas compareçam de forma espontânea para que seja lavrado o procedimento policial também em razão destas pessoas. Estamos aguardando e pedimos que elas compareçam, assim como as testemunhas. Ela vai responder esse procedimento policial em razão dos fatos narrados e aqueles mais que forem provados contra ela ao longo do procedimento.[Ela pode ressarcir os prejuízos ao dono do bar] inclusive podendo o juiz, se assim entender através do Ministério Público, propor uma ação penal contra ela."

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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
 

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