Acorda Cidade
Na audiência pública que será realizada no dia 22 deste mês, em Feira de Santana, a Comissão Estadual da Verdade da Bahia vai ouvir 12 pessoas das mais duramente atingidas no município pela ditadura militar com prisões e torturas, selecionadas entre um total de 50 nomes relacionados.
Nesta quarta-feira (2), a professora Amabília Almeida, integrante da comissão que está organizando o evento, se reúne, mais uma vez, com o Grupo Feirense de Apoio à CEV para finalizar os preparativos, incluindo a definição do local escolhido e discutir a possibilidade de os trabalhos serem estendidos ao dia seguinte, em decorrência do grande número de depoentes.
Outra definição a ser tomada na reunião é a formatação final do grupo de apoio, com a participação de representantes dos atingidos pela ditadura, Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Bahia, Diocese, Conselho de Igrejas Evangélicas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) e Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
Convocação
Este grupo, voluntário, terá a incumbência de ajudar nos eventos, convocação de pessoas e divulgação dos trabalhos em Feira e região. A segunda audiência pública da CEV será realizada em novembro, em Salvador, com data a ser definida na próxima reunião ordinária da comissão, na próxima segunda-feira (7).
A programação até o final de dezembro inclui ainda a conclusão das obras de reforma na sede, situada no anexo do Palácio da Aclamação, onde já funciona o Conselho Estadual de Cultural com o qual dividirá o espaço.
Além disso, haverá a instalação dos seis grupos de trabalho definidos até agora, que são Movimento Sindical/Trabalhadores, Repressão e Justiça na Bahia, Torturados, Mortos e Desaparecidos, Igreja, Atingidos Políticos: presos, demitidos, cassados, exilados, área cultural, Universidade Movimento Estudantil e imprensa.