Câmara Municipal

Diretor da ASPRA fala sobre possibilidade de nova greve da PM e pede apoio dos vereadores

A categoria reivindica reestruturação e modernização da Polícia Militar

Orisa Gomes

Reestruturação e modernização da Polícia Militar são reivindicações da categoria feitas ao governo do estado. Ao usar a tribuna livre da Câmara Municipal nesta quarta-feira (9), o diretor regional da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (ASPRA), Josafá Ramos, pediu apoio dos vereadores na causa e alertou sobre a possibilidade de uma nova greve da PM na Bahia.

O coordenador informou que dia 3 de maio de 2013, o poder executivo publicou decreto criando uma comissão para discutir a reestruturação e modernização da PM. A partir disso, a ASPRA e outras entidades representativas elaboraram um projeto com propostas sobre o assunto entregue ao governador Jaques Wagner, segundo Josafá Ramos, dia 10 de janeiro de 2014. Também conforme o mesmo, o governador se comprometeu a dar uma resposta dia 21 de fevereiro, mas ao chegar a data foi solicitado adiamento para esta quinta-feira (10).

“A assembleia da corporação estava marcada para dia 8 de março e provavelmente seria deflagrado movimento grevista. Essa assembleia foi abortada, porque, com bom senso, as entidades adiaram para dia 15 de abril. Neste dia, está marcada uma assembleia conjunta com oficiais e praças da PM, no Wet’n Wild, na avenida Paralela, em Salvador. Esse é o cenário: a sociedade vive a beira de um momento tenso. A Polícia Militar faz falta, todo mundo sabe disso”, alertou.

Ramos disse ainda que entre os assuntos relacionados a reestruturação e modernização da PM serão discutidos plano de carreira e  subsídio e Código de Ética, com efeitos sobre a Lei de Organização Básica (LOB). Além do apoio dos edis, o coordenador pediu apoio social.

Vereador PM é contra a greve

Policial Militar, o vereador Correia Zezito (PTB) é contra uma nova greve da PM. Embora afirme ser defensor dos interesses da categoria, ele ressalta que uma greve em ano político pode desqualificar o movimento. “Todo mundo vai pensar que esse movimento é contra o governo, contra os coronéis que estão aí e política para promover algumas associações que existem na Bahia. É um movimento político e eu não posso concordar”, frisou. O edil ponderou que o comandante geral da PM, coronel Alfredo Castro, esteve em Feira, na terça-feira (8), e pediu a tropa para não fazer greve, porque é um ano de Copa do Mundo e neste mês tem a Micareta. “Este é um ano de mudar os comandos. O movimento tem que cobrar é a mudança dos comandos, para Feira de Santana ser uma sociedade melhor e bem policiada”, assinalou Correia.

Josafá Ramos disse que a manifestação do vereador foi infeliz e lamentou que “tenha tido uma manifestação contrária ao movimento dos policiais”.

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