Laiane Cruz
O prefeito Colbert Martins está em Brasília, no Distrito Federal, nesta terça-feira (26), onde participa da Marcha dos Prefeitos, com objetivo de buscar a liberação de recursos para compensação das perdas no transporte público em todo o país.
“Hoje tem uma marcha dos prefeitos em Brasília, visando um recurso de R$ 5 bilhões para o transporte público do Brasil. Já foi votado no Senado e está sendo votado na Câmara, e estaremos com o presidente da Câmara para que ele possa dar segmento e aprovar, para que seja liberado para os municípios a fim de ressarcir aquelas dificuldades que as empresas estão tendo com os aumentos repetitivos de óleo diesel, principalmente. Depois vou ao Ministério da Saúde e também ao Ministério da Cidadania”, informou Colbert Martins.
Segundo ele, o recurso seria repassado de forma direta às empresas visando reparar as perdas que elas tiveram no último ano, principalmente com o aumento do combustível.
“Tem um valor definido, por área da federação, pelo tamanho das empresas e a quantidade de pessoas transportadas. E isso já vem previamente determinado. E caberá a nós receber o recurso e repassar às empresas de transporte coletivo urbano e rural.”
Empresas ameaçaram parar
O prefeito relatou que no último fim de semana, as empresas de ônibus que atuam na cidade ameaçaram parar as atividades, por falta de recursos para pagar o combustível.
“Nós tivemos uma dificuldade grande no final de semana, com pagamentos que precisariam ser feitos de óleo diesel. Nós tivemos que fazer um esforço para as empresas não pararem. E aí você tem que fazer a liberação de antecipação de recursos novamente, que aconteceria no final do mês. No dia 20 ou 22, vence uma parcela, e eles pagam em dois períodos. Não tinha feito ainda o pagamento da parcela do dia 20, e tivemos que nos mobilizar para buscar recursos. Isso está acontecendo frequentemente”, revelou o gestor municipal.
O prefeito destacou que a alta do combustível também foi uma das razões para a nova empresa contratada pela prefeitura para operar na zona rural, adiar o início da operação.
“Logo após a assinatura do contrato, subiu o valor do óleo diesel. E tivemos que refazer o cálculo. Então com essa questão do diesel subindo, todo mundo para refazer as contas, porque tem que ter o acréscimo. E ela não começou a operar também por outras razões, como a questão de comprar ônibus, que não está fácil de adquirir esses equipamentos, e a empresa pediu que fosse feita uma reanálise. Conversei com o secretário Saulo, para readequarmos esse orçamento. Como não tínhamos orçamento nenhum até um mês atrás, e agora temos, vamos então fazer essas coisas. De janeiro até meados de março, a cidade parou por falta de orçamento”, informou.
BRT
Acerca da implantação do BRT, o prefeito Colbert Martins informou que o sistema continua em fase de implantação.
“O sistema é apenas mais uma forma de ampliação de um serviço mais rápido, em determinadas linhas da cidade. O BRT não é apenas o ônibus. Os viadutos também fazem parte do BRT. Já compramos agora sinaleiras digitais, para otimizar todo esse transporte. A drenagem urbana, tudo isso são recursos para que o BRT possa funcionar. BRT não significa ônibus, significa o sistema”, enfatizou.
Ele afirmou que as empresas terão condições de colocar os ônibus do BRT para rodar. “Eles trafegam em velocidade mais rápida, encurtando certas distâncias, e o corredor maior que temos é o da Avenida Getúlio Vargas. E agora está voltando o número de passageiros que nós tínhamos em 2018.”
Transporte clandestino
Outra queixa recorrente por parte das empresas é a questão do transporte clandestino, que continua circulando livremente em Feira de Santana, sem nenhum tipo de fiscalização.
Segundo o prefeito Colbert Martins, a prefeitura de Feira espera voltar a combater o transporte clandestino em breve.
“Nós estávamos impedidos de fazer isso, por determinações judiciais, mas isso já mudou na Bahia, já está mudando em Salvador, e nós vamos mudar em Feira. Vamos voltar a combater o transporte clandestino, que tira passageiros do transporte legal. Salvador conseguiu derrubar uma liminar há 30 ou 40 dias, e estamos pedindo a extensão disso para Feira de Santana, para voltarmos a fazer o combate do transporte clandestino, que prejudicam aquelas empresas que são legais e pagam seus impostos.”
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