Neste sábado, 13 de julho, é Dia de Rock, bebê! O Acorda Cidade esteve com três músicos apaixonados pelo gênero e que dedicam suas carreiras ao universo do Rock. A data é reconhecida no Brasil, como o Dia Mundial do Rock, apesar de apenas os brasileiros celebrarem. O momento faz uma referência a um concerto do gênero, o Live Aid, que aconteceu em 1985 na Filadélfia e contou com grandes nomes da música para arrecadar fundos para sanar a fome na Etiópia.
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Pensando em homenagear os artistas que consagram esse gênero em Feira de Santana, o Acorda Cidade conversou com os vocalistas Gedson Pacheco, Joza Silva e Matheus Garcês.
80 na Pista
No comando original da banda 80 na Pista, Gedson sempre trabalhou com música. Ao lado de Vinícius Duarte no baixo, Vitor Duarte na guitarra e Kelinho Nunes na bateria, eles fazem o conhecido Pop Rock na cidade, com as maravilhosas músicas românticas da época.
“Já fiz participação de outras, a banda Clã que foi minha banda de baile, que me fez conhecer muita coisa do palco, do mundo Business, do artista, do público, repertório, principalmente, o rock e isso influenciou muito minha trajetória no rock porque foi um bloco ali que eu mais me identifiquei com aquelas guitarras que é o que mais me atrai, um som de guitarra, som de solo sempre presente em cada música”.
Influenciado pelo solo da banda Pink Floyd, ele também se inspira nas bandas dos anos 80. Sobre o rock, ele já tocou um pouquinho de tudo.
“Já toquei o Swing Pop que faz parte muito da parte romântica, da parte dance também, são estímulos que me levam a tocar, mas toda e qualquer influência de rock, que o principal é o pop rock na realidade. E os maiores desafios que enfrentei dentro de banda é a escolha de repertório, opiniões ali que sempre são fortes, a galera do rock sempre com mentalidade forte”, pontuou.
Já trabalhou em diversas áreas, mas foi na música que ele se encontrou. Desde o final de 2008 que ele trabalha com o rock. O seu futuro também já está trilhado, em breve, ele pretende realizar um grande sonho que é lançar um DVD.
L’age D’or
Desde 2010, Joza Silva canta na banda L’age D’or ao lado de Murilo Lima, na guitarra, Fabão no contrabaixo, que por forças maiores está sendo substituído pelo mais jovem integrante, Túlio, na bateria tem Cezinha e no teclado Afonso.
A banda traz canções conhecidas do rock nacional, como as pedradas da banda Legião Urbana, do eterno vocalista Renato Russo. Ainda jovem, Joza teve a oportunidade de ouvir outra formação cantando na L’age D’or, mas desde que entrou, não cantou mais em outro grupo.
A guitarra distorcida é um ponto que ele destaca, mas as letras das canções são as suas paixões.
“Para mim a melhor banda de todo universo é a Legião Urbana. Eu praticamente só escuto Legião, canto numa banda cover da Legião Urbana, então tenho essa minha ficção, amor e carinho, porque a gente também não vê mais o que tinha no som, que eram letras que parecem que foram escritas para você. Palavras de motivação, de mostrar que todos somos iguais, de falar que dificuldade é uma coisa normal que todos passam, inclusive, você. Então, parece que estão cantando para você e quando eu canto, sinto exatamente isso, me ajuda a ajudar o próximo a entender um pouco mais da vida”.
Para Joza, não existe uma banda de rock melhor que a outra, mas deve imperar o respeito a todos que fazem o gênero na cidade. Neste ponto ele destacou as dificuldades de se fazer o rock.
“A maior dificuldade é que alguns lugares há uma falta respeito absoluta, mas eu tenho uma máxima na minha vida que, respeito ou você impõe, ou conquista. A pessoa não precisa me respeitar desde o momento que eu me respeito e não aceito certos tipos de tratamento e me afasto. O sonho é meu, tenho que viver e a pessoa não pode jogar areia no meu sonho e eu me afasto e vou procurar alguém que queira viver esse sonho junto comigo e curtir essa maravilha de som que a gente faz e gosta”.
Com a música ele divide a profissão de vendedor de carros, o que ele considera ser “um grande realizador de sonhos” e que gosta bastante de trabalhar. Para ele, conciliar as profissões não atrapalha em nada.
“A banda é um hobby responsável porque não me atrapalha em nada. Não consegue me sustentar ainda, mas quem não participa de uma banda que não sonha em viver de música? E a gente nunca trabalha, a gente sente prazer no que está fazendo”.
Joza “arranha” no violão, mas seu forte mesmo é o canto. Desde a adolescência, ele já se apresentava em um grupo da igreja.
“Eu não acho que sou essa coca-cola toda não, eu acho que me divirto muito fazendo, me emociono e amo muito fazer o que eu faço. O bom de ter o emprego é que eu não preciso fazer o que os outros querem, eu preciso fazer o que me faz bem”.
A banda L’age D’or tem algumas composições autorais, mas de acordo com Joza, se ele não consegue chegar a altura das composições da legião, ele prefere seguir disseminando as inesquecíveis letras dos anos 80. Mas, breve eles devem lançar uma faixa autoral.
Mr. Jack
Com mais de 15 anos na estrada, a banda Mr. Jack também está incluída para revelar o porquê o rock é essa potência em todo o mundo. Formada pelo vocalista Matheus Garcês e o baterista Jackson Moreira, o grupo conta com Bruno Veloso no baixo, Bruno Mendes na guitarra e Kaic Acauã nos teclados.
Ao Acorda Cidade Matheus contou que já fez parte de outras bandas, desde a adolescência, quando morava na Chapada Diamantina. Até 2019, o grupo se entendia como uma banda cover, mas depois disso vieram canções autorais que mudaram as perspectivas.
“A experiência da banda Yang que nós tínhamos músicas autorias lá também nessa primeira banda me fez refletir sobre a necessidade de ter um trabalho autoral com Mr. Jack e isso finalmente veio à tona a partir de 2019”.
A possibilidade de extravasar energia é uma das coisas que mais lhe atrai no rock. Para ele, o gênero vai além da música, é uma cultura, um modo de vestir, um estilo de vida.
“Além de transbordar essa energia para conectar pessoas. Me orgulha dizer que em shows de rock você jamais vai ver uma briga, uma confusão, então é uma energia forte, mas que conecta pessoas”.
Matheus sempre tocou rock, mas confirma que também gosta de outros gêneros musicais como o samba, a bossa nova, o axé, mas nada lhe cativa tanto quanto o forró e reggae. Tudo que ele faz é uma mistura para apresentar um rock diferenciado.
No rock realizado no interior da Bahia, ele enxerga dificuldades na visibilidade e incentivo que não é mais popular como nos anos 80.
“O principal desafio é ter público para ouvir o nosso som e fazer chegar até a eles. Na verdade, nosso principal desafio é tirar esse público de casa que são em maioria pessoas acima dos 40 anos, então já tem uma restrição para sair de casa e também renovar o nosso público, trazendo novas pessoas para o rock”, brincou.
Segundo a experiência de Matheus, ainda não dá para garantir o sustento da família através da música. Ele já atuou como professor de inglês, já trabalhou com gestão e hoje se encontra na área de compras nas indústrias da região.
Ele toca violão, também já tocou guitarra, mas a frente do palco mesmo que ele chama a galera, libera essa energia e deixa o rock acontecer. Com sete canções autorais, a banda Mr. Jack passa hoje por um bom momento.
No ano passado, eles lançaram músicas do “Reverso” que está sendo bem aceito no cenário local, mas também já chegando em outros estados através das plataformas digitais.
Não pense que acabou. No dia 27 de julho, eles vão lançar o álbum “Reverso” no The House, em Feira de Santana.
Recentemente, a música “Hora”, ganhou clipe filmado no Bando Anunciador 2024, que aconteceu no último fim de semana. Pois bem, neste Dia Mundial do Rock, a banda guardou essa surpresa para presentear os apaixonados pelo gênero, que deve ser lançado hoje no YouTube. Assista aqui.
O grupo também se destacou na Rádio Educadora FM, onde vão apresentar suas músicas, além de participar da programação mostrando o que há de melhor no rock local.
Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade
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