Nesta quinta-feira, dia 6 de julho, é celebrado o Dia Mundial das Zoonoses, data que foi designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em comemoração a primeira vacina aplicada na França contra a raiva em 1885.
A primeira pessoa a receber a vacina, foi uma criança de 9 anos de idade, após ter sido mordida por um cachorro infectado.
Em Feira de Santana, existe o Centro Municipal de Controle de Zoonoses (CCZ). O órgão está localizado na Avenida Eduardo Fróes da Mota, e recebe cerca de 80 animais por mês para serem avaliados.
O Acorda Cidade conversou com o médico veterinário Leonardo Silva, que contou o que significa uma zoonose.
“Zoonoses na forma mais simples de explicar, seriam doenças que são transmissíveis do animal para o homem, como a raiva, a leptospirose, a leishmaniose que é o calazar, a esporotricose, são doenças que os animais apresentam lesões, em sua maioria com secreção, e estas lesões podem ser transmissíveis ao homem e caso ele tenha alguma porta aberta que seriam os poros, uma ferida, ele vai se contaminar com aquela doença”, explicou.
Segundo o veterinário, o Centro tem como objetivo apenas atuar no controle de prevenção.
“O objetivo do Centro de Zoonoses, é ter o controle da saúde pública. A gente trabalha com controle e prevenção de doenças zoonóticas, esta é a definição do Centro de Zoonoses. Durante o mês, nós temos aqui uma média de 60 até 80 animais, tanto para serem vacinados, quanto para que os tutores possam receber orientações. Nós temos atendimento aqui de segunda a sexta, as pessoas podem trazer os animais para serem vacinados, mas também nós temos uma equipe volante que está em cada semana em um bairro para aplicar estas vacinas nos postos de saúde”, destacou.
Para Leonardo Silva, um dos grandes desafios encontrados pelo órgão, é a falta de conscientização da população.
“Nós recebemos aqui diversos casos e até mesmo, casos graves por conta de abando dos animais, abandono de animais de grande porte, em que as pessoas soltam para que eles se alimentem do mato em torno da via, e com isso, acaba gerando acidente, atropelamentos e são casos delicados. Nós atuamos como um Centro de Controle, não temos um centro cirúrgico, aparelho para raio-x, não é da nossa competência está com estes procedimentos. Nestes casos, as pessoas devem procurar uma clínica particular, onde este animal vai ter todo o aparato”, informou à reportagem do Acorda Cidade.
De acordo com o médico veterinário, muitas pessoas deixam animais abandonados na porta do órgão, mas ele enfatizou que o Centro de Controle não é um abrigo.
“Nós não fazemos acolhimento, porque o Centro de Zoonoses não é um abrigo. Nós temos animais aqui com doenças zoonóticas ou aqueles animais que de forma errada, as pessoas abandonam aqui na porta do Centro. Essa semana nós tivemos um caso de um animal lindo, uma fêmea da raça husky que foi abandonada aqui. Na realidade, ela foi jogada por cima do muro, isso para que as pessoas possam imaginar o nível de crueldade, e nós encontramos ela pela manhã, fizemos a avaliação, foi medicada para dor, porque no momento da queda, bem provável que ela tenha machucado a pata, então fizemos os primeiros socorros e ela está com a gente, mas infelizmente ainda existem outros casos, como pessoas que amarram os animais aqui durante a madrugada e depois vão embora”, pontuou.
Prevenção
Segundo Leonardo Silva, um dos métodos para diminuir a população animal abandonada nas ruas da cidade, é a campanha de castração.
“Este é um agravante que a gente vem observando sempre, vem tentando diminuir. Houve um período em que campanhas eram realizadas de castração pelo município, para contribuir na diminuição dos animais”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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