Feira de Santana

Dia Mundial das Zoonoses: conheça o trabalho que é feito no Centro de Controle de Feira de Santana

Apenas no mês de junho, cerca de 443 atendimentos foram realizados no CCZ.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Nesta quarta-feira (6), é comemorado o Dia Mundial das Zoonoses, que homenageia o cientista francês Louis Pasteur, o qual aplicou uma vacina antirrábica, desenvolvida por ele, em um jovem que foi mordido por um cachorro.

Além de homenagear o cientista, a data também é importante para lembrar que a prevenção de doenças em animais não apenas protege a saúde do ser humano e o bem-estar, mas também é uma das medidas mais eficazes que se deve ter para proteger a população.

Em Feira de Santana, existe o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que é coordenado pela médica veterinária Mirza Cordeiro. Ao Acorda Cidade, ela explicou qual a importância do órgão para a comunidade.

“O Centro de Zoonoses é um local vinculado à Prefeitura Municipal de Feira de Santana. Nós estamos inseridos dentro da Vigilância Epidemiológica, porque atuamos como vigilantes nas doenças zoonóticas, que são transmitidas do animais para os seres humanos ou vice-versa também. É importante deixar claro para a comunidade que nós não somos uma clínica, não temos um setor para a realização de cirurgias, mas sim os programas relacionados com as doenças. A raiva, por exemplo, é o nosso carro-chefe, embora não se fale muito. No Distrito Federal tem um caso que está sendo acompanhado, é uma criança que foi agredida por um gato, e olha que o último caso que teve lá em Brasília foi em 1978, então é necessário que toda a atenção seja voltada para esta situação, e que possamos ficar vigilantes”, destacou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

De acordo com Mirza Cordeiro, os casos mais graves que já chegaram no Centro foram de mordidas por morcegos.

“Quando o caso é grave, a gente precisa correr o quanto antes, a exemplo de pessoas que são agredidas por morcegos, as quais devem ser encaminhadas o mais rápido possível para o Clériston Andrade, tomarem o soro e depois procurarem o serviço de saúde no CSE. Quando se trata de cão ou gato, precisamos fazer o monitoramento deste animal por cerca de 10 dias. Salientamos que nem toda agressão por parte de um animal se trata de raiva, porque quando o animal possui um bom comportamento, mas ele morde uma pessoa, precisamos avaliar o que foi que ocorreu. Quando este animal é mordido por outro animal que esteja positivo para a raiva, aí sim, existe a preocupação por parte do Centro, que passa a monitorar este animal que pode estar com o vírus”, explicou.

Abandono de animais

Segundo a coordenadora do CCZ, o número do abandono de animais nas ruas de Feira de Santana aumentou consideravelmente.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A gente observa que as pessoas continuam abandonando os animais, por coisas que às vezes são simples de serem resolvidas. É uma sarna, por exemplo aquele animal que não tomou o remédio de verme, precisa tomar as vacinas, e as pessoas acham que é um serviço público, mas é importante que as pessoas tenham o conhecimento que quando se adquire um animal, a responsabilidade passa a ser desta pessoa. Animal sente dor, tem ansiedade, sente medo, e as pessoas precisam ter o cuidado com isso, para que assim, possam evitar problemas futuros”, pontuou.

Segundo Mirza Cordeiro, apenas no mês de junho, cerca de 443 atendimentos foram realizados no Centro de Controle de Zoonoses.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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