Nesta terça-feira (4), o Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) realizou um evento em comemoração ao Dia Internacional do Idoso em frente à Prefeitura de Feira de Santana.
O Dia Internacional do Idoso é celebrado anualmente no dia 1 de outubro. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, possui o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de apoiar e cuidar da população idosa. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo o indivíduo com 60 anos ou mais nos países em desenvolvimento, ou com 65 anos ou mais em países desenvolvidos.
Irene Azevedo, presidente do Conselho do Idoso, contou ao Acorda Cidade que este ano a data não foi celebrada no dia exato por conta das eleições.
“Neste ano, tivemos o advento das eleições, então como o Dia do Idoso foi sábado (1), não podíamos misturar uma coisa com a outra, o mundo, o Brasil. A cidade de Feira de Santana estava voltada para as eleições. Então, nós resolvemos fazer hoje, para dar o descanso da segunda-feira, para todo mundo que trabalhou na eleição. A programação estava maravilhosa, o dia foi lindo, tivemos muitos idosos por aqui,” relatou.
Irene Azevedo comentou sobre o número de idosos em Feira de Santana.
“Não temos um número exato, mas a gente sabe que hoje, na população de Feira de Santana, de acordo com o censo da Covid, a população idosa em Feira era de 12%. Hoje aqui no evento, já passaram em média uns 400 a 500 idosos”, estimou.
Irene destacou que a importância do Conselho é de estar sempre buscando melhorar a situação para os idosos.
“Buscamos empoderá-los, fiscalizando instituições, situações de violência contra eles. Eu acho que hoje, o Conselho do Idoso é um parceiro do poder público para ajudar os idosos na cidade.”
Os idosos muitas vezes fazem parte de uma população esquecida pela sociedade e pela própria família.
“O idoso tem direito a ir e vir, ao seu salário, tem prioridade em fila, no atendimento médico, foram muitos direitos conquistados. Mas, acredito que eles perderam direitos na pandemia, na qual a Covid trouxe a fragilidade daquele que já era frágil. E o que a gente tá vendo hoje é a dificuldade que muitos familiares têm de entender que esse idoso pode voltar a ser dono dele mesmo,” descreveu.
A idosa de 71 anos Maria José Nascimento participou do evento e contou ao Acorda Cidade a satisfação que sente de poder estar ativa e desenvolvendo a sua mente por meio da música.
“A importância de participar de um evento como esse é muito grande, porque dá um significado a nossa vida. Aliás, a música é muito significativa para a criança, para o jovem e para o idoso também, é como uma magia. É uma terapia que nos enriquece muito. Desde criança faço parte de coral, um experiência vasta, a música é um aprendizado constante, é inovação. O idoso precisa exatamente disso, manter sua mente ativa. E é cientificamente comprovado que o idoso está no apogeu do seu poder cognitivo, a partir dos 60 anos, não só para música, mas para qualquer outra atividade,” destacou.
A presidente do Conselho do Idoso salientou a importância desse grupo ser respeitado.
“A gente precisa sensibilizar as pessoas. O idoso importa, o idoso é laboral, o idoso tem os seus direitos, ele dança, canta e trabalha. Devemos respeitar todo ser humano, assim como a pessoa idosa que contribuiu para todos nós estarmos aqui. A pessoa idosa veio antes. Quem vem antes tem que ser honrado e respeitado,” enfatizou Irene.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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