Dia do Milho: agricultores de Feira de Santana ainda não tem milho disponível para colheita

Nesta quinta-feira (24) é comemorado o Dia do Milho, um alimento versátil e muito presente no prato dos brasileiros, especialmente dos nordestinos. Em Feira de Santana, os produtores rurais ainda não tem o cereal disponível para colheita. A agricultora Conceição Borges destacou ao Acorda Cidade que as chuvas ainda não são suficientes para a colheita.

“Você até vê milho na cidade sendo comercializado, mas não é daqui, ele vem das regiões irrigadas da nossa Bahia. No dia 19 de março, dia de São José, quem teve fé colocou a semente na terra, mas não tivemos chuvas. Quem plantou perdeu. Tivemos um mês de março sem chuva”, lamentou.

Com a aproximação do inverno, Conceição fala da esperança das chuvas chegarem para que ocorra a plantação do milho com colheita para o mês de agosto.

“Mesmo de forma tímida as chuvas de inverno começam a dar sinais e nossa esperança é que o mês de maio seja de chuva para plantar e que no período de 45 a 60 dias as chuvas caiam para garantir plantar e colher e, aí sim, no mês de agosto e setembro, teremos milho. Mas até agora as chuvas que caíram foram insuficientes para plantar”, afirmou.

A importância do milho para a Agricultura Familiar

Conceição Borges afirmou que o milho e a mandioca são culturas de subsistência. Ela lembra que esses alimentos são importantes por serem 100% aproveitados.

“Se aproveita tudo. Temos inclusive a ração animal, que 90% é composta por milho. Essas duas culturas, estamos com dificuldade de produzir na nossa região e isso tem impactado na renda das famílias. Não tendo milho, também significa queda no criatório de pequenos animais. Ele é um alimento muito rico para consumo e também do ponto de vista comercial. A gente não tem milho da nossa região, mas quem vem para vender, vende muito”, afirmou.

Versatilidade

Um alimento versátil, o milho está no prato dos brasileiros em diversas formas. Conceição destaca que os derivados do milho são muito consumidos no Brasil.

“Temos mingau, pamonha, caldo, suco de milho verde, sorvete e bolos diversos. Quando falamos de milho seco a variedade cresce ainda mais, incluindo o cuscuz, um prato do Nordeste e que é feito com o cereal”.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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