Em antecipação ao Dia do Exército Brasileiro, celebrado no próximo sábado, dia 19 de abril, o 35º Batalhão de Infantaria (35º BI) de Feira de Santana, realizou nesta quarta-feira (16) uma formatura cívico-militar em homenagem aos 377 anos da corporação. O evento foi marcado pela presença de autoridades, familiares e a entrega de medalhas a militares em reconhecimento pelos serviços prestados.
A data relembra a Batalha dos Guararapes, ocorrida em 1648, em Pernambuco, considerada o marco da criação do Exército Brasileiro, quando soldados luso-brasileiros liderados por André Vidal de Negreiros expulsaram as tropas holandesas do território nacional.
Durante a solenidade, o Tenente-Coronel Guedes, comandante do 35º BI, destacou que desde a Guerra dos Guararapes, o exército brasileiro segue invicto em suas batalhas.
“Desde a época da criação da fusão de raças, onde indígenas, os negros e os brancos em busca de um objetivo que era a expulsão das tropas holandesas aqui do Brasil, foi realmente caracterizada a criação do nosso Exército Brasileiro. Então é um dia realmente de comemorar isso, realmente de deixar claro a manutenção de todos os valores com o Exército Prima, desde a época realmente de Felipe Camarão, de Duque de Caxias, até os dias atuais.”
Além da entrega de medalhas a praças e oficiais, o comandante enfatizou a continuidade dos dois principais valores militares: a disciplina e a hierarquia que não mudam. Eles permanecem perenes desde a época da sua criação, em 1648.
“Esse serviço militar obrigatório, esses recrutas retornam como cidadãos da sociedade, bem melhores, cidadãos melhores, tendo em vista ali o fortalecimento já do caráter que ele traz de casa, associado aos valores militares.” Os jovens passam em torno de 10 a 11 meses em formação no quartel.
Entre os homenageados, esteve o subtenente Paim, que recebeu a medalha por 20 anos de serviço operacional. Ao Acorda Cidade, ele explicou o que significa receber essa condecoração.
“A medalha de 20 anos de corpo de tropa é concedida àqueles militares que passaram 20 anos na parte operacional da força sem sofrer nenhum tipo de sanção disciplinar. Não na parte administrativa e nem na parte de ensino.”
O militar de carreira relembra que o maior desafio foi passar na prova da ESA (Escola de Sargento das Armas) e as frentes que já assumiu em duas décadas de serviço. Atualmente, ele é adjunto do comando do 35º BI.
“Como alguém vindo de interior, com um ensino não tão bom como a gente sabe. Esse foi o primeiro desafio, ingressar nas Forças Armadas através da base aérea de Salvador, depois ESA, depois o desafio de servir na ponta da linha na fronteira do Acre, depois comandar 100 jovens no serviço militar inicial no tiro de guerra e agora o desafio de ser o adjunto de comando dessa organização militar, o 35º BI, que é tão tradicional no Exército Brasileiro”.
A cerimônia também marcou os primeiros meses de atuação dos soldados incorporados em 2025.
“Nessa formatura a gente pôde perceber já a evolução do nosso recruta que incorporou em 1º de março. Isso mostra o poder transformador que o Exército tem nesses jovens, não só no sentido operacional, mas no sentido de desenvolvimento da cidadania.”, completou o subtenente.
Presente no evento também estava o deputado federal e capitão da Polícia Militar, Capitão Alden. Ele reforçou a importância do Exército como instituição de Estado. O oficial que também faz aniversário no dia 19 de abril, celebrou duplamente essa data importante da história brasileira.
“Eu fico duplamente feliz em estar participando desse grande evento aqui em Feira de Santana, comemorando aí, portanto, os 377 anos de história do Exército Brasileiro, que tem uma história respeitada, é uma instituição de Estado, e assim deve ser mantida, sem ideologias, sem partidos políticos, de direita, de esquerda ou de centro. Ela deve ser uma instituição apartidária”, afirmou.
O Capitão também celebrou o trabalho do 35º BI enquanto instituição que forma e capacita jovens de Feira de Santana para se tornar grandes cidadãos que defendem os valores de toda a sociedade brasileira.
“Se transformando em cidadãos plenos de direito que possam retornar seus serviços para a sociedade, não somente em Feira, mas para todo o Estado.”
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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