Feira de Santana

Dia de São José: padre destaca a importância do santo dos marceneiros, das famílias e dos agricultores

São José é considerado o santo dos marceneiros, porque as escrituras relatam que José trabalhava como carpinteiro.

Imagem de São José — Foto Cristina Boeckel g1 arquivo
Foto: Cristina Boeckel/ Arquivo G1

O Dia de São José é celebrado por muitos católicos neste domingo (19). O santo é considerado o padroeiro das famílias, dos marceneiros, agricultores e foi escolhido, conforme a Bíblia, para ser o pai adotivo de Jesus.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o Padre Pedro Júnior contou sobre o surgimento deste dia e a importância de São José para os seus devotos.

Padre Pedro Junior_ Foto Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“São José é judeu, era descendente da tribo de Judá. Havia 12 tribos e a tribo na qual Jesus pertencia era justamente a tribo de Judá. E São José, segundo o que nos conta as escrituras, ele estava comprometido. Estava noivo de Maria e nesse íntere Maria é eleita e escolhida para ser a mãe de Jesus. O anjo Gabriel é enviado, como nos conta a sagrada escritura, para referir àquela jovem de que ela haveria de ser a mãe do Salvador, o filho de Deus. E portanto, Deus faz com que os planos de Maria e José ganhem uma nova configuração, porque eles estavam prometidos ao casamento e agora tanto Maria como José teriam missões diferentes com essa iniciativa de Deus. Tanto Maria como José acolheram o desígnio de Deus. Maria vai se tornar a mãe de Jesus e José será o guardião, tanto de Maria quanto do menino Jesus”, descreveu.

São José é considerado o santo dos marceneiros, porque as escrituras relatam que José trabalhava como carpinteiro.

“Jesus também poderia ter aprendido esse ofício com o seu pai adotivo e, portanto, São José ficou sendo uma referência do trabalho e para os trabalhadores. O trabalho é algo importante, não é um sofrimento ou uma pena na vida do homem. Pelo trabalho, o homem se torna criador, como Deus também é criador. O homem pega um pedaço de madeira e faz uma mesa, por exemplo, então pelo trabalho o homem se mostra criativo, pode colaborar e servir às pessoas. E na Bíblia uma das poucas coisas que se fala sobre José e diz muito é que ele era um homem justo. E chamar na Bíblia uma pessoa de justa equivale a dizer que essa pessoa é santa. José era um homem observador da lei, portanto deveria ser um homem que trabalhava com amor e que servia a Deus”, observou.

São José também é considerado o protetor das famílias.

“A gente fala da Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. E José é referência, sobretudo, para os homens. É uma referência de esposo para o homem, é referência de trabalhador e tendo José constituído também uma família, ele se torna protetor da família. E São José foi um homem fiel aos desígnios de Deus, porque ele busca atender aquilo que Deus lhe pediu, mesmo sendo diferente dos seus projetos. Por isso, ele abençoa as famílias. Ele é essa referência importante também e acredito que as famílias podem encontrar na figura de São José um intercessor. Alguém que pode rogar pelas nossas famílias. Não é fácil viver em família, mas a gente encontra em São José essa figura que não somente abençoa, mas nos auxilia a viver o projeto da família”.

Muitos trabalhadores e agricultores são devotos do santo, e rogam a São José pela chegada das boas chuvas.

“Na nossa região as pessoas aguardam a chuva de São José aonde se plantam o milho que a gente vai comer no São João, o amendoim e outras coisas mais. E com certeza, o trabalhador da terra é um grande servidor, porque quem mora na cidade pode realizar muitas coisas por conta do homem do campo, e São José está associado ao homem do campo, não somente porque a realidade daquele tempo de Jesus era muito agrária e rural, mas também porque José era um trabalhador assim como o homem do campo e é importante a gente valorizar”, sinalizou.

Em geral as pessoas valorizam profissões como engenharia, medicina, arquitetura, mas muitos não sabem que o agricultor é um grande trabalhador, destacou o padre.

“Todos o trabalhadores têm igual dignidade e eu diria que o trabalhador do campo maior dignidade tem ainda, porque é ele quem possibilita que chegue comida à mesa do médico, do engenheiro, do arquiteto e dos outros profissionais para que eles realizem o seu trabalho”.

Comunidades devotas

Em Feira de Santana, existem pequenas comunidades que têm como o padroeiro São José, disse o pároco.

“Eu esses dias estive, por exemplo, na Rocinha, na paróquia do Caseb, Nossa Senhora de Fátima. Lá tem uma comunidade de São José. E inclusive faço um apelo às instituições públicas, pois já faz três anos que eu vou naquela região e é uma coisa horrorosa ver as condições daquele bairro, esgoto a céu aberto. Eu faço o meu apelo às autoridades públicas, um bairro tão próximo ao centro da cidade, é uma situação vergonhosa. Submeter a população daquele bairro a uma situação de esgoto a céu aberto, de buracos, não tem sentido”, lamentou.

A paróquia São José Operário, no bairro Campo Limpo, comemora o Dia de São José, assim como a paróquia São José das Itapororocas, uma das paróquias mais antigas de Feira de Santana.

“E enquanto no Campo Limpo é celebrado no dia 1 de maio, em São José das Itapororocas é celebrado no dia 19 de março”, compartilhou padre Pedro.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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