Feira de Santana

Dia de Finados terá missas em todos os cemitérios das paróquias de Feira de Santana

Em entrevista ao Acorda Cidade, o arcebispo emérito Dom Itamar Vian convocou a todos os fiéis para participarem das missas do Dia dos Finados. Ele ressaltou a importância de rezar pelos mortos nesse dia e falou sobre a origem da data na história cristã.

Laiane Cruz

O Dia de Finados, nesta sexta-feira (2), será celebrado em Feira de Santana com missas em todos os cemitérios das 39 paróquias da arquidiocese no município.

No Cemitério Piedade, haverá missa às 8h, 10h e 16h; no Cemitério São Jorge as missas acontecem às 7h, 10h e 16h; Cemitério São João Batista: 7h, 9h30, 11h e 16h; Jardim das Flores: missa às 10h30; no Jardim Celestial: 8h, 10h e 15h e no Cemitério São Roque, que fica na estrada de Jaíba, haverá missa às 10h. Às 17h, a celebração ocorre na Catedral de Santana, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Zanone Castro.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o arcebispo emérito Dom Itamar Vian convocou a todos os fiéis para participarem das missas do Dia dos Finados. Ele ressaltou a importância de rezar pelos mortos nesse dia e falou sobre a origem da data na história cristã.

“O Dia de Finados surgiu há mais de mil anos dentro de um mosteiro, quando um monge chamado Odilão começou a reunir todos os monges no dia 2 de novembro para recordar todos os falecidos. O dia primeiro de novembro é o Dia de Todos os Santos, e este monge Odilon quis celebrar dentro do mosteiro o dia dos falecidos. Depois, espalhou-se essa tradição pela Europa e hoje o mundo inteiro respeita esta data”, contou Dom Itamar Vian.

O arcebispo emérito afirma que a tradição mudou muito em alguns países, como também no Brasil. “Na Europa o Dia de Finados ainda tem um respeito muito grande. Aqui no Brasil ainda há um respeito, mas muitas empresas de turismo aproveitam esta data para fazer promoções especiais e são milhares de pessoas que passam o Dia de Finados sem se recordar dos seus amigos, pais, familiares que faleceram. Eu conheço muitas pessoas que nunca entram num cemitério, nem mesmo no Dia de Finados. Mas, é importante que a gente chame a atenção para o respeito pelos mortos, por isso o Dia 2 de novembro deveria ser um dia especial, não para turismos e passeios, mas para visitar aqueles que marcaram a nossa vida”, salientou.

Tradição de acender velas

Sobre a tradição de acender velas para os mortos no Dia de Finados, o arcebispo emérito Dom Itamar explica que o ato significa recordar a ressurreição, a luz e a vida. “Jesus disse ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim tem a vida eterna’. Por isso as pessoas acedem velas para recordar o ente querido, a pessoa falecida que vai ressuscitar um dia.

Flores

A tradição de levar flores para os entes queridos, segundo Dom Itamar, simboliza um grande respeito, gratidão e bondade. “Quem leva uma flor a uma pessoa falecida e a coloca sobre o túmulo quer demonstrar uma profunda gratidão. Levar flores é bonito e acender velas é muito significativo, mas o mais importante é rezar pelos falecidos. A Bíblia fala da necessidade da importância de rezar pelos mortos.”

Morte

O arcebispo emérito lembrou ainda que partindo das afirmações bíblicas, após a morte existem três realidades: o céu para as pessoas que passam a sua vida fazendo o bem, o inferno para as pessoas que não aceitam Deus, que não aceitam a mensagem de Jesus Cristo e se comportam no mundo explorando as pessoas, destruindo comunidades e fazendo o mal, e uma terceira realidade apresentada pela bíblia sagrada, que é o purgatório.

“Por isso é importante rezar pelos mortos, porque a bíblia fala num lugar de purificação, que é um estágio para as pessoas completarem toda a sua purificação que não conseguiram neste mundo. São Paulo diz que todas as pessoas que morrerem com faltas leves deverão passar por esse tempo de purificação.”


 

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade. 

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