Neste Dia de Finados (2), data em que os pensamentos são voltados para os amigos e entes queridos que já partiram desta terra, os comerciantes de flores e arranjos aproveitam o feriado para complementar a renda.
A reportagem do Acorda Cidade esteve presente na porta do cemitério São Jorge, no bairro Sobradinho, em Feira de Santana, e conversou com a vendedora de flores artificiais, Luzia de Souza, que vende o produto nesta data há mais de 10 anos.
“Há mais de dez anos que a gente trabalha aqui na porta do cemitério São Jorge, só com flores artificiais. Nós mesmos fabricamos arranjos. Tudo somos nós mesmos que fazemos. É um trabalho de artesanato muito bonito e feito com muito amor, porque é uma data muito importante. É a data da saudade dos entes queridos que já foram. Então, a gente já faz com muito amor, para também as pessoas que forem colocar para seus parentes, com amor e com carinho”, declarou.
A vendedora contou que chegou por volta das 3h45 da manhã para deixar tudo organizado para receber aqueles que querem homenagear seus entes neste dia. Ela falou sobre os preços deste ano.
“Já está tudo arrumadinho, só esperando os clientes chegarem. Esse ano os preços continuam a mesma coisa, tem flores de R$ 5 até R$ 15, não teve aumento para a gente repassar não. A matéria-prima foi mais cara realmente, mas a gente não pode também vender um produto muito caro, porque nem todo mundo tem condições de comprar um produto acima do valor que a gente vende aqui todo ano”, contou.
Luzia ainda nos explicou que a preparação das flores artificiais começou dois meses antes. A vendedora espera ter boas vendas neste dia, vendendo todos os produtos.
Vendas no Piedade
No cemitério Piedade, no centro de Feira, o movimento começou cedo, logo com a chegada dos vendedores de flores e arranjos. A florista Vilma Santos que já trabalha há 20 anos no Dia de Finados, chegou por volta das 5h30.
“Gosto do que faço e tem a necessidade de trabalhar também, ninguém trabalha por querer, trabalhar porque precisa. Todo ano eu estou aqui até Deus permitir. Cheguei 5h30 e fico até as 17h”, disse.
Segundo a florista, o movimento começa a melhorar assim que as pessoas chegam para visitar os túmulos. Ela ainda explicou que compra as flores artificiais prontas e monta os arranjos e falou sobre os preços na sua banca.
“Eu armo os arranjos. As flores a gente compra prontas. Custam R$20 R$ 30 R$ 35, dependendo do tamanho. Varia de preço, tem de R$ 5, R$ 10, tudo que é preço. Pretendo vender tudo, mas nunca vende. É muita gente vendendo”, contou.
Lúcia das Flores também estava vendendo os arranjos e contou ao Acorda Cidade, o motivo de trabalhar com as flores artificiais.
“É porque eu já trabalho há mais de 30 anos com flores artificiais. Não dá trabalho nenhum. Todo ano eu estou aqui. O cliente não sai sem comprar”, afirmou.
Com informações dos repórteres Ney Silva e Paulo José do Acorda Cidade
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