Nesta sexta-feira, dia 6 de janeiro, é celebrado o Dia da Gratidão, uma oportunidade para logo no começo de um novo ano celebrar o dom da vida, as conquistas, e revisitar sentimentos, muitas vezes esquecidos em meio à rotina do dia a dia, como a alegria, a atitude de agradecer, o amor e a amizade.
Ser grato é um exercício diário. Valorizar o presente, as bênçãos recebidas e a presença de pessoas queridas ao nosso lado fortalece a paz interior e desperta no ser humano uma atitude positiva em relação à vida.
Para a artesã Aline Góes, que mantem um Box no Mercado de Arte Popular, a prática do perdão e do amor se relacionam com o sentimento de gratidão.
“Os fundamentos que Deus deixou para a humanidade são o perdão e o amor. Infelizmente, o desamor está demais e avançando na população. Mas se a gente continuar se apegando aos princípios que Deus nos deixou, como o perdão, o mundo se torna bem melhor. Quando falta Deus, falta amor, perdão e gratidão. Ele é o princípio de tudo”, afirmou.
Aline Góes afirma ainda que devemos ser gratos em tudo. “Quanto mais somos gratos, mais retornos benéficos temos. Sendo grato, consequentemente, sua vida anda bem melhor”, opinou.
O cordelista Jurivaldo Alves declarou que o sentimento de ingratidão no ser humano é semelhante ao de covardia.
“A pessoa ingrata, seja para quem for, é uma grande covardia. Eu conheço muitos lances sobre a ingratidão, inclusive fiz parte de uma peça teatral no circo, que se chama ‘Filho Ingrato’. Essa peça era tão cruel que quem fizesse o papel do personagem naquela noite não arranjava namorada no outro dia naquela cidade e os hotéis não queriam dar hospedagem a gente. Era a história de dois irmãos, o filho bom e o ruim, então daí para cá tomei raiva de pessoas ingratas. Eu gosto da gratidão. Às vezes você está ali e faz tudo por alguém, e depois essa pessoa lhe deixa no caminho, então é muito ruim a ingratidão”, refletiu.
Lutando contra um câncer, o paciente Genilson Andrade, da cidade de Monte Santo, realiza tratamento de radioterapia em Feira de Santana. Apesar do seu problema de saúde, ele se mantém grato pela vida.
Para ele, o sentimento de gratidão se tornou uma coisa rara. “A gratidão significa agradecimento a Deus e às pessoas pelo que recebeu, pelos acontecimentos. Nós ganhamos e perdemos. No mundo de hoje tem muitas pessoas ingratas. Você faz o bem, e ele está ali preparado para lhe fazer o mal”, contou.
O comerciante João Edimar Carneiro Ferreira, que tem uma barraca de lanches e saladas no entorno da Praça Jackson do Amaury, também se sente muito grato pela vida e pelas amizades que conquistou durante a sua trajetória aqui na terra.
“Tenho gratidão pela vida, isso é algo que a gente não pode deixar para trás. É ser bom com todos, ser grato com todos, ser feliz. Tem muitas pessoas ingratas no mundo. Tem gente que não tem fé. Então a gratidão para mim é muito importante”, ressaltou João Edimar.
Ele destacou que desde que colocou o ponto de lanches na praça, se tornou bastante conhecido e fez muitas amizades. “Eu fiz a praça aqui, sou conhecido e tenho muitos amigos. Já tenho também 10 anos que alimento as aves aqui da praça, são cerca de 70 a 80. Elas comem até dentro da barraca se deixar. Até com os bichos a gente tem que fazer amizade”, brincou.
O Poeta, escritor e servidor estadual aposentado, Franklin Machado, que também é de Feira de Santana, considera a gratidão um sentimento muito importante.
“É importante demais. Sou uma pessoa que se alguém me faz um favor, sou eternamente grato e procuro recompensar. E quando não me fazem bem, não sou perseguidor, não tenho espírito de prejudicar. Não esqueço, mas se a pessoa pediu desculpa, eu deixo para lá”, contou.
Ele observa que atualmente há muitas pessoas que não sabem ser gratas.
“Hoje em dia tem muita gente ingrata. Mas a ingratidão é da natureza humana, como a gratidão também. Jesus, por exemplo, quantos foram ingratos com ele, receberam bênçãos, milagres, ficaram bons e tal, como naquela passagem que Ele curou 10 pessoas, mas só um voltou para agradecer. Às vezes, a pessoa recebe um favor achando que quem fez tinha a obrigação de fazer e não dá valor a aquilo. Muitas vezes, a pessoa que fez o favor teve até dificuldade, fez sacrifícios, para poder fazer aquele favor”, disse.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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