Desempregado há mais de 6 anos, caseiro faz anúncio nas sinaleiras em busca de emprego

^{Gabriel Gonçalves}

Natural do município de Salvador, o senhor Robenildo dos Santos Fontes, conhecido como 'Índio', de 54 anos de idade, está morando em Feira de Santana com a esposa em busca de um emprego.

Com uma grande faixa dizendo 'Procuro Emprego' na Avenida Fraga Maia, Índio informou a reportagem do Acorda Cidade, que tem experiência como caseiro e serviços gerais. Segundo ele, a vinda para Feira de Santana, foi através de uma proposta de emprego, mas que infelizmente não estava obtendo uma renda satisfatória para manter a família.

"Eu sou de Salvador, mas atualmente moro aqui em Feira de Santana e já tenho mais de 6 anos desempregado, só fazendo bico quando encontro. Lá em Salvador eu trabalhava na área de serviços gerais e quando encontrava algum serviço para limpar um terreno, eu limpava, vendia pimenta também nas praias como em Cabuçu. Recentemente eu estava em Alagoinhas cuidando de um cavalo de raça, quando um rapaz chegou até mim, e disse que tinha uma chácara para cuidar aqui em Feira, eu vim, limpava o terreno, a piscina, mas o pessoal estava pagando muito pouco, não chegaram a assinar minha carteira, então eu sair e agora estou pagando um aluguel de R$ 300 na casa aqui próximo da Fraga Maia, onde moro com minha esposa", relatou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Além de trabalhar como caseiro, Índio disse que também tem experiência como maqueiro e já trabalhou como vigilante, mas explicou que não tem o curso comprovado.

"Eu já trabalhei como maqueiro, faço serviços gerais, minha esposa também me ajuda, já trabalhei como vigilante, porém eu não tenho curso. O mais difícil nesse momento é poder encontrar um emprego, não estou achando, o que acho são bicos quando as pessoas entram em contato comigo, então é R$ 20, R$ 30 e dessa forma que a gente vai sobrevivendo", afirmou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Já emocionado, Índio contou que dentro da geladeira, as pessoas só podem encontrar água, pois para colocar alimento em casa, está se tornando difícil.

"Alguns serviços que faço, depende muito do terreno, alguns eu cobro R$ 200, outros R$ 300, mas tem local que é R$ 100, R$ 50 e não vou mentir, a geladeira tá vazia, só tem água lá dentro", contou ao Acorda Cidade.

Com um carro de mão, Índio já fica à disposição de algum serviço que possa surgir. Segundo ele, quem passa pela avenida, observa e faz o contato.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Eu já fico aqui com o meu carrinho onde carrego minhas ferramentas, tenho duas enxadas, uma pá, tem a tesoura também para podar algumas árvores e quando as pessoas passam aqui, me oferecem algum serviço", disse.