Na tarde deste sábado (21), um incêndio atingiu um terreno na Rua Visconde de Mauá, no bairro Lagoa Grande, em Feira de Santana, além da parede de um prédio residencial ao lado. O fogo começou por volta das 12h30.
O depósito de sucatas estava cheio de veículos, além de materiais inflamáveis e até combustível, o que causou uma enorme fumaça escura que pôde ser vista de diversos pontos da cidade.
Daniel da Mata Silva, morador do prédio ao lado do terreno, foi uma das testemunhas do ocorrido. Ele relatou ao Acorda Cidade que percebeu o início do incêndio e tentou controlar as chamas, mas o fogo se alastrou rapidamente.
“Começou com um fogo pequeno. Fui tentando apagar, mas do nada o fogo alastrou. A gente só teve tempo de chamar os moradores do prédio para saírem”, disse Daniel, que estava em casa com a esposa na hora do incêndio.
Segundo ele, apesar dos esforços, não foi possível controlar o incêndio porque havia muitos materiais entre carros velhos, papelão e outros itens. Ele afirma que o depósito existe há mais de 15 anos.
“Um bocado de lixo, de bicho, de coisa, rato, meio mundo de coisa. É um ferro-velho, um monte de coisa aí: carro, papelão, muito lixo, muita coisa. Ele tirou, mas não tirou o necessário. Tem carro com combustível”, explicou. O morador afirmou ainda que o local vinha incomodando os moradores há muito tempo. “Nós já avisamos para o rapaz que cuida daí, para o dono, mas ninguém deu atenção. Já sabíamos que ia dar nisso aí”.
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Fios próximos à rede elétrica também foram danificados pelo fogo, aumentando o risco no local. A Polícia Militar também esteve no local e prestou apoio no controle do tráfego.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas e, com o apoio de duas viaturas, conseguiram controlar o incêndio para iniciar o monitoramento e a parte de rescaldo. Ao Acorda Cidade, o subtenente Ramos falou sobre o trabalho da equipe no local.
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“Podemos observar que se tratava de uma oficina onde tinham alguns veículos e todos foram queimados, além de atingir a residência. Acionamos a Defesa Civil para que possa ser feita uma avaliação. Os moradores foram retirados do local por questão de segurança. Vai ser feita uma avaliação para saber se os moradores podem ou não retornar para o interior da edificação”, informou.
O Corpo de Bombeiros ainda informou que havia a possibilidade de um cachorro estar dentro da residência, mas que só será possível confirmar após o controle total das chamas. “Até o momento falava-se que havia um cachorro lá dentro, mas só depois que debelarmos totalmente o incêndio, a gente vai fazer uma busca”, explicou o subtenente.
De acordo com informações, haviam carros de clientes do proprietário no terreno e uma oficina de chaparia, mas o proprietário, que estaria de mudança, não apareceu no local e ainda não foi identificado.
Além de Daniel e sua esposa, várias outras pessoas, incluindo crianças e outros moradores, precisaram sair de suas casas devido ao perigo. “Já rachou tudo, fora as coisas dentro de casa que ficaram na tomada. A gente não sabe se queimou. Fora os animais, os pets que ficaram dentro de casa. Não sabemos o que aconteceu com eles, só vamos saber depois que entrarmos”, afirmou o morador.
A moradora do térreo, também vizinha do terreno, confirmou que o local estava cheio de sucatas e materiais inflamáveis, o que certamente contribuiu para a rápida propagação do fogo.
Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, o Corpo de Bombeiros orientou os moradores sobre como proceder em caso de incêndio em locais como o que aconteceu.
“Nossa orientação é que, ao perceberem o princípio de incêndio, os moradores se afastem, liguem para 193, acionem o Corpo de Bombeiros e aguardem a chegada. Nunca devem adentrar a oficina ou edificação, pois o risco pode ser grande, especialmente se houver combustível ou outros materiais inflamáveis”, alertou o subtenente Ramos. Ele também ressaltou que a viatura chegou ao local em 11 minutos.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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