Convenção Coletiva

Definido novo piso salarial do comércio de Feira de Santana 2023/2024

A definição ocorreu, durante uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (14), na sexta rodada de negociação.  

Rua Sales Barbosa, centro de Feira de Santana, no Natal
Rua Sales Barbosa, centro de Feira de Santana | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Representantes dos sindicatos do Comércio (Sicomfs) e dos Empregados do Comércio de Feira de Santana (Secofs) chegaram a um consenso sobre a definição do novo piso salarial dos comerciários, por meio da Conversão Coletiva de Trabalho do período 2023/2024. A definição ocorreu, durante uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (14), na sexta rodada de negociação.

Conforme informou o presidente do Sicomfs ao Acorda Cidade, Marco Silva, o novo piso salarial foi fixado em R$ 1.565,00. O aumento equivale a um reajuste de 6,2%, e ganhos de mais de 2% acima da inflação.

Pagamento do abono

Além disso, ficou estabelecido o pagamento de dois abonos no valor de R$ 190,00, programados para serem efetuados em duas parcelas: a primeira em 9 de maio de 2024 e a segunda em 20 de junho de 2024.

“Foram aprovados dois bônus também, com reajuste de 6,2%, que são dois bônus de R$ 190,00. Neste ano, os bônus serão pagos antes do Dia das Mães, dia 9 de maio, e antes do São João, dia 20 de junho. Isso dará uma injeção de recursos no comércio da cidade. É um dinheiro extra, é um abono, é uma gratificação que os empregadores estão dando para os trabalhadores, exatamente na época muito importante de vendas”, explicou Marco em entrevista ao Acorda Cidade.

Segundo o presidente do Sicomfs, tem direito a esse abono todo trabalhador do comércio de Feira de Santana, exceto os que têm cargo de gerência, por já terem um salário maior.

“Se o trabalhador tiver menos de um ano, esse abono é proporcional ao número de meses que ele tem na empresa”, pontuou.

Já está em vigor

O reajuste vale a partir de novembro. Por este motivo, os comerciários irão receber retroativamente.

“Ou seja, eles vão ter já uma diferença do mês de novembro, que vai ser pago, provavelmente vai ser pago junto com a folha de dezembro ou uma folha complementar. A segunda parcela do 13º que é até o dia 20 de dezembro, já sai também com esse novo valor”, concluiu.

As negociações contemplaram também aspectos também relacionados aos feriados e ao Dia do Comerciário e horas extras buscando alinhar as práticas do setor com as expectativas dos trabalhadores. Estas informações serão publicadas de forma detalhada aqui no portal Acorda Cidade.

Supermercados

Sobre os trabalhadores dos supermercados, ainda não há definição, e uma nova reunião está marcada para 4 de janeiro de 2024.

Reajuste não foi o esperado pela categoria

O presidente do Sindicato dos Comerciários de Feira de Santana, Antônio Cedraz, disse ao Acorda Cidade que o acordo não foi o resultado que o sindicato esperava, pois o reajuste proposto seria maior.

“Não é o que a gente esperava na realidade. Mas foi o que a gente conseguiu até o momento, porque poderíamos conseguir algo a mais, porém essa negociação iria se estender até janeiro se não aceitássemos. A assembleia pediu 15%, nós já apresentamos na negociação, 9% baixamos para oito, amarramos em 7%, houve várias reuniões, ficou 7%, mas depois não teve outra alternativa a não ser fechar nesse 6.2% ou então teríamos que aguardar algum tempo a mais lá na frente para definir o aumento”, explicou.

Ele ressaltou que a diferença menor não compensaria o tempo de espera adicional que os comerciários teriam se a negociação fosse prolongada.

Cedraz também abordou uma surpresa durante as negociações, relacionada à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “A grande surpresa nossa foi no sentido de que o INPC do mês de novembro baixou. Então o acumulado até o mês de novembro baixou para 3.85%, já que nós negociamos em função de 4.14”, explicou. No entanto, ele enfatizou que essa variação não influenciou as negociações já em andamento.

Quanto às expectativas e aos ganhos para os trabalhadores, Cedraz destacou o ganho real acima de 2%, considerando que em outras convenções não houve ganho real. “Recuperamos uma parte desses ganhos perdidos nas convenções anteriores. Como o percentual é relativamente pequeno, ainda assim é melhor os 2% acima da inflação acumulada do que se negociasse ao que vinha de só inflação acumulada”, afirmou.

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