O relatório apontando a situação financeira da cooperativa de crédito Subaé-Brasil deverá ser concluído dentro de dois meses. O liquidante nomeado pelo Banco Central, José Humberto Silva Lima, começou a trabalhar na manhã desta quinta-feira. Prevê muito trabalho. A cooperativa foi liquidada extra-judicialmente pelo BC. O buraco pode chegar a R$ 20 milhões.
Inicialmente, José Humberto vai fazer o levantamento dos bens da instituição. Verificar os seus ativos e passivos. Esta relação pode definir a sua liquidação ou não. Segue normas específicas elaboradas pelo Banco Central. Uma Comissão de Inquérito, também do BC, vai apurar as responsabilidades e se houve operações de crédito consideradas irregulares ou malversação.
“Pelas primeiras observações é difícil que a cooperativa continue no mercado”, afirmou o liquidante. As denúncias de que a Subaé-Brasil não vinha bem das pernas apareceram há mais de dois anos. O BC tinha conhecimento da situação, mas é praxe não intervir em instituição que apresentam dificuldades. Mas inicialmente todos os bens, se existirem, serão bloqueados.
Ele disse que ainda não sabe a situação financeira da cooperativa de crédito. Quanto tem em caixa, quanto tem a receber ou a pagar. “Mas todos (os correntistas) serão informados da situação”. Todos, que os tiverem, “poderão se habilitar a receber seus créditos, dentro do que estabelece a lei”. Mas de acordo a lei, o primeiro da fila é o governo. Se a instituição estiver com tributos em atraso, são eles que primeiro serão quitados.
José Humberto afirmou que as correntistas que existe perdão para quem tomou dinheiro emprestado ou que está com a conta no vermelho. Todos pagarão seus débitos. “Vamos tentar a negociação com estas pessoas”. Caso não haja resposta, o Banco Central vai procurar os meios legais para a quitação dos débitos.
(Batista Cruz – Tribuna Feirense Online) .